Embora a calculadora do Cidadão do Banco Central revele que R$ 1 de hoje equivale a apenas R$ 0,08 de 1994, ano da implementação do Plano Real, o Brasil vivenciou três décadas de moeda estável, abrindo caminho para avanços sociais expressivos.
Nesse período, a população brasileira cresceu de 146,8 milhões para 203 milhões, a taxa de alfabetização subiu de 81,6% para 93%, a esperança de vida ao nascer aumentou de 69 para 75,5 anos e a mortalidade infantil caiu de 69,1 para 12,9 por mil nascidos vivos.
Estabilidade monetária: base para o progresso social
Segundo especialistas, a estabilidade da moeda é fundamental para a implementação de políticas públicas eficazes. “Países precisam de uma moeda minimamente estável para que se possa fazer políticas sociais que melhorem a vida da população”, afirma um especialista.
O controle da inflação, que chegou a 2.200% ao ano na década de 1990, permitiu a criação de programas sociais como o Bolsa Família, que contribuem para a redução da desigualdade e a melhoria da qualidade de vida da população mais vulnerável.
Desafios e perspectivas
Apesar dos avanços, ainda há desafios a serem superados. A perda do poder de compra da moeda afeta principalmente os mais pobres, que possuem menos recursos para se protegerem da inflação.
É necessário buscar alternativas para minimizar o impacto da desvalorização da moeda na vida da população, como o investimento em educação financeira e a criação de mecanismos de proteção social mais abrangentes.
Em suma, os últimos 30 anos foram marcados por perdas no poder de compra da moeda brasileira, mas também por progressos sociais significativos. A estabilidade monetária conquistada com o Plano Real foi fundamental para a implementação de políticas públicas que beneficiaram a população brasileira, especialmente os mais necessitados. No entanto, ainda há desafios a serem superados para garantir que os benefícios do crescimento econômico sejam distribuídos de forma mais justa e equitativa.
