Uma operação da Prefeitura de Manaus combateu na manhã desta quarta-feira, 16/1, o estacionamento irregular de veículos nas margens Igarapé do Mindu, no trecho que corta o bairro Parque Dez, zona Centro-Sul. O local é área de preservação permanente (APP), protegida por lei, e teve três placas de identificação, instaladas em junho do ano passado, arrancadas. As placas indicavam a proibição do uso da área por tratar-se de uma Área de Preservação Permanente (APP).
A ação foi conjunta entre a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas) e Instituto Municipal de Engenharia e Fiscalização de Trânsito (Manaustrans). Logo cedo, agentes de trânsito do Manaustrans estiveram no local e impediram que os condutores de veículos estacionassem na área. Durante a ação, não houve necessidade de remoção de veículos.
“Essa área de preservação tem atuação diária do Manaustrans, realizamos ações de orientações, remoção e multas constantemente aqui. Nós pedimos que os condutores de veículos que busquem estacionamentos regularizados. E esse local sempre teve placas de preservação, mas foram arrancadas e, hoje, em ação conjunta com a Semmas estamos novamente as colocando”, disse o chefe de divisão da área Centro-Sul do Manaustrans, Hudson Vadick.
De acordo com o diretor de Fiscalização da Semmas, Eneas Gonçalves, desde o ano passado, são realizadas inspeções com a finalidade de coibir a prática irregular. “Novas placas de identificação de Área de Preservação Permanente foram instaladas no local junto com uma cerca natural de proteção, formada por 10 mudas de árvores plantadas no local junto com gradis de proteção”, explicou.
Técnicos da Divisão de Educação Ambiental da Semmas realizaram um trabalho de sensibilização ambiental junto aos flanelinhas e guardadores de veículos que atuam no local, abordando a importância da APP para a preservação do igarapé e dos malefícios causados pelo estacionamento de veículos, a exemplo do descarte de resíduos.
Alguns guardadores regulamentados que trabalham nas proximidades explicaram que procuram orientar os motoristas sobre a proibição do uso da área como estacionamento. Maria de Lourdes Silva, 45, que trabalha há 23 anos, considera importante a preservação do igarapé. “Não concordo que veículos parem nesse local, primeiro pelo perigo que correm os próprios carros em casos de acidentes, e por se tratar da beira do igarapé, que é um lugar que deve ser conservado”, afirmou ela.