Exército se manifesta sobre morte de soldado em quartel de Manaus

Jhonata Pantoja morreu com um tiro de fuzil no peito, por volta das 3h da madrugada, no dia 3 de agosto. ─ Imagem: Arquivo AC/Arquivo pessoal

Após uma semana, o Comando Militar da Amazônia (CMA) se manifestou nesta segunda (10) sobre a morte do soldado Jhonatha Correa Pantoja de 18 anos. O jovem morreu com um tiro de fuzil no peito, por volta das 3h da madrugada da segunda-feira (3) passada, enquanto fazia a guarda no 7º Batalhão de Polícia do Exército (BPE), no bairro São Jorge.

Por meio de nota, o órgão militar informou que, todas as circunstâncias que envolveram o fato estão sendo apuradas por intermédio de um Inquérito Policial Militar (IPM), que tem prazo de solução de 40 dias, sendo acompanhado pelo Ministério Público Militar (MPM). “O IPM foi instaurado logo após o ocorrido e está em andamento”, enfatiza.

O CMA afirmou ainda que o aparelho celular que pertencia ao Jhonatha está lacrado no Pelotão de Investigação Criminal do 7º BPE, porque será periciado pela polícia de fora do Exército. O restante dos pertences do rapaz foram entregues para família no mesmo dia, conforme a nota.

“Cabe à Polícia Civil do Amazonas informar ou divulgar o laudo do Instituto Médico Legal (IML)”, completa.

Família

A família de Jhonatha rebatou a versão inicial de que o soldado teria cometido suicídio e alegaram que o jovem foi torturado, devido a marcas de hematomas encontrados por um legista particular contratado pelos parentes. O laudo médico oficial ainda deve ser divulgado pelo IML detalhando em que situação o corpo de Jhonatha estava após sua morte.

Nas redes sociais, um perfil do Twitter identificado como @stuckwithme_e relatou uma sequência de comentários também negando a versão de suicídio, argumentando que o jovem não tinha motivos para tal atitude. Na publicação, o usuário relata que a família contratou um legista particular para fazer corpo de delito. A Polícia Civil trata o caso como morte a esclarecer.

Confira:

“Sonho do Jhonatha era servir o exército e ele tava muito feliz por estar lá, até que na madrugada de domingo ocorreu essa fatalidade e a família do Jhonatha só foi informada da morte dele as 7hrs da manhã e que a causa da morte foi um acidente com um fuzil que acabou acertando o peito dele, o exército de início falou que o ocorrido foi um acidente, mas ha várias controversas sobre isso, o descaso de como eles estão tratando a morte do Jonathan é revoltante”.

“Afamília do Jonathan teve que contratar um legista particular porque o exército não teve a decência de investigar e fazer corpo de delito nele e se a família não tivesse feito isso não descobriria que o Jonathan estava cheio de hematomas e perfurações pelo corpo, aparentemente ele foi torturado antes de morrer, ai eu pergunto COMO QUE ISSO FOI UM SIMPLES ACIDENTE??????”.

Veja a nota completa do CMA:

“Acerca dos questionamentos a respeito dos fatos que envolveram a morte do Soldado do Efetivo Variável, Jhonatha Correa Pantoja, este Comando Militar de Área, informa que:

Todas as circunstâncias que envolveram o fato estão sendo apuradas por intermédio de um Inquérito Policial Militar (IPM), que tem prazo de solução de 40 dias, sendo acompanhado pelo Ministério Público Militar (MPM). O IPM foi instaurado logo após o ocorrido e está em andamento.

O celular do soldado será periciado por órgão policial competente externo ao Exército. Por este motivo, está lacrado no Pelotão de Investigação Criminal do 7º BPE. Todos os demais pertences foram inventariados e entregues no mesmo dia à família.

Cabe à Polícia Civil do Amazonas informar ou divulgar o laudo do Instituto Médico Legal (IML). O 7º BPE tomou todas as providências no sentido de avisar e acompanhar à família do soldado de forma responsável, utilizando, para isso, a presença de uma psicóloga e de uma assistente social.”

Fonte: Manaus Alerta