MANAUS (AM) — Diante da intensificação das queimadas na região sul do Amazonas, o governo estadual anunciou nesta quarta-feira (14) um pacote de medidas para fortalecer o combate aos incêndios florestais. Entre as ações, estão o aumento do efetivo de brigadistas, a aquisição de novos equipamentos e o investimento em tecnologia para monitoramento.
Com a chegada de 200 novos bombeiros e a contratação de 85 brigadistas, o governo espera aumentar significativamente a capacidade de resposta às emergências. A meta é contar com cerca de mil profissionais atuando nas áreas mais críticas durante o período de estiagem.
“Esse reforço é fundamental para garantir a proteção do nosso patrimônio natural e da população”, afirmou o governador Wilson Lima. “Estamos investindo em equipamentos modernos, como caminhões-tanque de alta capacidade, para agilizar o combate às chamas.”
Além do aumento do efetivo, o governo também anunciou um reajuste de 55% nas diárias dos servidores envolvidos nas operações de combate às queimadas, como uma forma de valorizar o trabalho desses profissionais que atuam em condições adversas.
Tecnologia a serviço do combate às queimadas
Para aprimorar o monitoramento e a fiscalização, o governo estadual está utilizando imagens de satélite de alta resolução, o que permite identificar focos de incêndio de forma mais rápida e precisa. Essa tecnologia, aliada ao trabalho de inteligência, tem sido fundamental para a identificação de áreas de risco e a atuação preventiva.
Desde o início das operações de combate às queimadas, em abril deste ano, o governo estadual já conseguiu resultados expressivos. Foram embargados mais de 15 mil hectares de áreas e aplicadas multas que ultrapassam os R$ 80 milhões. Além disso, foram registradas mais de 150 prisões de pessoas envolvidas em crimes ambientais.
Desafios e perspectivas
Apesar dos avanços, o combate às queimadas no Amazonas ainda enfrenta desafios significativos. A ação criminosa, a falta de conscientização da população e as condições climáticas adversas são alguns dos fatores que dificultam o trabalho das autoridades.
O governo estadual ressalta a importância da parceria com os municípios, as comunidades tradicionais e a sociedade civil para alcançar resultados mais efetivos. A educação ambiental e a fiscalização contínua são consideradas essenciais para a prevenção de incêndios e a proteção da floresta amazônica.