Dengue: Amazonas apresenta médio risco para circulação do Aedes aegypti

Levantamento alerta para três municípios com alto risco: Guajará, Japurá e Tonantins.

O período chuvoso no Amazonas coincide com a sazonalidade da dengue, quando são esperados registros de casos da doença. Alertando sobre o combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença, a Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Dra Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), da Secretaria de Estado e Saúde do Amazonas, divulga o 4º Levantamento Rápido de Índices para o Aedes aegypti (LIRAa) de 2023.

Os dados são consolidados pela Gerência de Doenças de Transmissão Vetorial – Dengue (GDTV-Dengue) do Departamento de Vigilância Ambiental (DVA) da FVS-RCP. Até o mês de novembro, dos 62 municípios do Amazonas, 50 apresentam infestação do mosquito que, além da dengue, é responsável pela transmissão de outras arboviroses, como zika e chikungunya.

A classificação de risco do 4º LIRAa de 2023 demonstra, ainda, que, dos 50 municípios com circulação do mosquito, 29 apresentaram baixo risco, 18 registraram médio risco e 3 alto risco. No Amazonas, pela FVS-RCP, o DVA por meio do GDTV-Dengue realiza o monitoramento e dá suporte técnico aos 62 municípios do Amazonas no enfrentamento às arboviroses.

A diretora-presidente da FVS-RCP, Tatyana Amorim, diz que, durante o período chuvoso no Amazonas, as medidas preventivas contra o mosquito devem ser constantes. “Principalmente nessa época chuvosa, que também é a da sazonalidade da dengue, os cuidados devem ser mantidos para evitar a circulação do Aedes aegypti e, consequentemente, a doença”.

Elder Figueira, chefe do DVA na FVS-RCP, ressalta que o LIRAa também é uma oportunidade de prevenção à doença. “O LiRAa é uma ferramenta que mostra o risco para direcionamento das ações de controle vetorial de acordo com os criadouros. E é com base nessa ferramenta que as secretarias municipais de saúde e os moradores podem fortalecer o combate aos criadouros”.

LIRAa

No 4º LIRAa de 2023, os municípios que apresentam baixo risco são: Anori, Apuí, Atalaia do Norte, Autazes, Barcelos, Beruri, Boca do Acre, Boa Vista do Ramos, Careiro, Codajás, Fonte Boa, Iranduba, Itapiranga, Itacoatiara, Manacapuru, Manaquiri, Maraã, Maués, Nhamundá, Nova Olinda do Norte, Novo Aripuanã, Parintins, Presidente Figueiredo, Rio Preto da Eva, Santa Isabel do Rio Negro, São Gabriel da Cachoeira, São Paulo de Olivença, São Sebastião do Uatumã, Santo Antônio do Içá e Urucurituba.

Já os de médio risco são: Alvarães, Benjamin Constant, Borba, Carauari, Coari, Eirunepé, Envira, Humaitá, Ipixuna, Jutaí, Lábrea, Manaus, Manicoré, Novo Airão, Tabatinga, Tapauá e Tefé.

Apresentando alto risco, segundo o 4º LIRAa, são os municípios Guajará, Japurá e Tonantins.