Nesta sexta-feira (6), a conselheira Yara Lins, pioneira ao assumir a presidência do Tribunal de Contas do Amazonas há seis anos, expôs uma situação de agressão verbal que alega ter sofrido durante a eleição que a reconduziu ao posto. Segundo relatos da conselheira, um colega de tribunal a teria insultado, utilizando termos misóginos e agressivos. Em uma coletiva de imprensa convocada na Delegacia Geral do Amazonas, Yara denunciou formalmente o ocorrido à Polícia Civil.
Ao compartilhar sua experiência, a conselheira, de 66 anos, destacou a gravidade do incidente e ressaltou que sua ação não é apenas como representante do Tribunal, mas como uma mulher. Durante a votação que culminou em sua reeleição por 5 votos a 2 na última terça-feira (3), Yara afirma ter cumprimentado o conselheiro Ari Moutinho com um “bom dia”, mas teria sido recebida com ofensas e ameaças, sendo chamada de “safada” e “cachorra”.
A conselheira, única mulher a ocupar tal posição, admitiu que hesitou em reportar o incidente, mas enfatizou que não poderia se omitir. Até o fechamento dessa postagem, o conselheiro Ari Moutinho não havia dado sua versão sobre o ocorrido. O atual presidente do TCE-AM, Érico Desterro, declarou que não estava presente na sessão da eleição e que não havia recebido comunicação sobre o caso até o momento da coletiva. Ele enfatizou as medidas adotadas pelo Tribunal nos últimos dois anos para promover a integridade institucional e combater qualquer forma de assédio e discriminação. A posse da nova presidência está agendada para ocorrer até o dia 15 de dezembro deste ano.
