Colisão entre duas embarcações deixa 11 feridos em Manaus

Uma lancha teria colidido com uma canoa, onde estavam nove adultos e duas crianças. | Foto: Divulgação

Onze pessoas, entre elas indígenas de pelo menos quatro etnias, ficaram feridas após uma colisão entre duas embarcações, sendo uma delas de madeira, do tipo canoa, na noite desta quarta-feira (26), na Marina Rio Bello, que fica dentro do condomínio de mesmo nome localizado na Zona Oeste de Manaus. Entre os feridos, nove adultos e duas crianças de 2 e 9 anos.

Segundo testemunhas e algumas das vítimas, que estavam conscientes, uma lancha teria colidido com canoa, que transportava as 11 pessoas. A embarcação de madeira, após a colisão, naufragou e a causadora do acidente fugiu sem prestar socorro, uma outra lancha teria visto a situação e ajudado no resgate das vítimas.

Conforme a tenente Gabriela, da 19ª Companhia Interativa Comunitária (Cicom), das 11 vítimas, três foram levadas conscientes para o Hospital e Pronto-Socorro 28 de Agosto e Platão Araújo, onde devem receber atendimento médico. As duas crianças foram socorridas no local e liberadas após o atendimento dos paramédicos do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

“Ao todo, quatro ambulâncias foram deslocadas para o local para dar suporte no atendimento às vítimas que estava em estado de choque por conta de toda a situação. O caso aconteceu por volta das 19h, momento em que o rio estava escuro”, explicou a policial militar.

Outras vítimas foram encaminhadas para o 19° Distrito Integrado de Polícia (DIP) para registrar boletim de ocorrência.

Na delegacia, bastante abalados, a professora Indígena Ana Cláudia, de 41 anos, da etnia Baré, relatou como tudo aconteceu. O grupo saiu da comunidade Parque das Tribos com destino a comunidade Nova Canaã, na Zona Rural de Manaus.

“Foi um desespero, a minha filha de dois anos estava no meu colo e o meu filho, de sete anos, estava na rede. Estávamos usando lanternas para sinalizar a nossa localização durante o trajeto. O pessoal da outra embarcação que bateu a gente estava em alta velocidade, ele voltou e perguntou se estava tudo bem e foi embora”, disse a professora.

O líder comunitário Joilson da Silva Paulino, de 44 anos, da etnia Carapana, falou para o Em Tempo que o grupo ainda chegou a fazer uma parada num sítio para pegar dois missionários, esses que ficaram feridos gravemente e uma indígena identificada como Lucenilda Albuquerque, de 44 anos, da etnia Kokama, todos levados para hospitais.

“O barco foi parar no fundo do rio, todos ficamos na água e tivemos a sorte de uma outra lancha estar passando pelo local e nos socorrer. Inclusive o senhor que nos ajudou disse que viram a nossa sinalização feita com lanternas”, explicou Joilson.

Por EM TEMPO