
O Concurso Nacional Unificado (CNU) divulgou seus resultados finais nesta terça-feira, 4, revelando um número de homens aprovados significativamente maior do que o de mulheres. Dos aprovados, 63% são homens, enquanto apenas 37% são mulheres, gerando preocupação e levando o Ministério da Gestão e Inovação a anunciar que irá investigar as razões por trás dessa disparidade. A ministra Esther Dweck declarou que a pasta irá estudar o caso e verificar se houve uma queda na participação feminina em comparação com outros concursos públicos.
A divulgação dos resultados ocorreu mesmo após recomendação do Ministério Público Federal (MPF) para adiamento, devido a irregularidades na avaliação de candidatos autodeclarados negros. Apesar disso, o concurso teve um índice de aprovação de negros e indígenas de 33%, um número considerado positivo, já que supera o piso exigido por lei. Esse resultado se deve, em grande parte, à quantidade de candidatos desses grupos que ingressaram pela categoria de ampla concorrência, sem o uso de cotas.
O CNU registrou aprovações em todos os 26 estados e no Distrito Federal, com a maioria dos aprovados concentrados na região Sudeste, que responde por 32,9% das aprovações. A faixa etária predominante entre os aprovados é de 25 a 40 anos, com destaque para o grupo de 30 a 35 anos. Os candidatos podem conferir se foram aprovados no site da Cesgranrio, banca responsável pela seleção. A ministra Esther Dweck anunciou que em breve será divulgada mais uma edição do exame e comentou sobre a questão orçamentária necessária para a realização do próximo CNU, afirmando que estão em diálogo com o Congresso sobre as alterações da Lei Orçamentária Anual.