Auxílio Emergencial: ‘Vamos pagar todas as pessoas’, diz presidente da Caixa

Segundo presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, nesta sexta-feira (15), haverá o detalhamento do calendário de liberações. ─ Imagem: Reprodução

Em meio a filas gigantescas nas portas de agências bancárias por conta da busca pelo auxílio emergencial, o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, disse neste sábado (2), em Goiânia, que todas as pessoas que tiverem direito receberam o benefício.

“O que a gente tem para dizer é o seguinte: nós da Caixa Econômica Federal, o banco de todos os Brasileiros, vamos pagar todas as pessoas”, afirmou em entrevista exclusiva à TV Anhanguera.

Ele também afirmou que, apesar das oscilações no aplicativo, a situação melhorou e que deve estipular novas datas de pagamento para que beneficiários do Bolsa-Família e clientes com contas digitais recebam o dinheiro períodos diferentes para evitar aglomerações e demora excessiva.

Neste sábado, 902 agências da Caixa abriram em todo país entre 8h e 14h para atender casos ligados ao benefício – sendo 26 em Goiás. Ele afirmou que esse número pode aumentar, dependendo da demanda, nos próximos finais de semana.

“Nós abrimos hoje 902 agências. Na semana passada foram 799. Estamos analisando, esse é um ponto importante. Poderemos no fim de semana que vem abrir 1 mil, 1,2 mil, 3 mil, o número que for necessário.É exatamente por isso que estou aqui e semana que vem vou estar em MG. Na semana passada estive em cinco cidade do entorno de Brasília”, afirma.

Guimarães destacou ainda que a Caixa contratou mais de 3 mil vigilantes e que 4 mil funcionários do banco trabalharam neste final de semana.

Falhas no app

O presidente foi questionado sobre as constates reclamações dos usuários em relação ao aplicativo do auxílio emergencial. Ele reconheceu que existem inconsistências, mas afirmou que o sistema melhorou e está funcionando normalmente.

Guimarães destacou também que a pouca familiaridade de boa parte dos usuários com a internet também é um fator para a dificuldade em utilizá-lo.

“A gente melhorou. Inclusive, hoje, está funcionando com os funcionários e nós estamos ajudando. Tem uma parcela grande da população, 30 milhões de brasileiros que nunca tinham utilizado [a internet]. Parte é porque as pessoas estão apreendendo e parte, sim, sem dúvida nenhuma, é porque tem que melhorar. Estamos focados, temos mais de 30 mil funcionários e hoje foi o melhor dia. Queremos sempre ouvir as dicas e queremos melhorar”, avaliou.

Ele declarou que o app teve mais de 80 milhões de downloads, sendo o programa mais baixado no mundo.

Conta digital x Bolsa-Família

Para tentar evitar novas filas e aglomerações, o presidente da Caixa afirmou que não devem ser colocados na mesma data de pagamento beneficiários do Bolsa-Família e clientes que abriram conta digital para receber o dinheiro.

“Ficou claro que ter as pessoas que recebem no Bolsa-Família, que recebem nos dez últimos dias do mês, há mais de dez anos, junto com quem tem a conta digital, 30 milhões de brasileiros, não dá para misturar”, esclarece.

Ele afirmou que ainda não é possível precisar um cronograma completo. Sobre o assunto, salientou que já falou da possibilidade com o ministro da Economia, Paulo Guedes, e que também vai fazê-lo com o ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni. Em seguida, levará a proposta ao presidente Jair Bolsonaro.

Outro fator de aglomeração, segundo ele, é o fato das pessoas estarem indo às agências sem que sejam seus dias de recebimento.

“Havia quase que um desespero por receber e por informação. Hoje, 80% das pessoas que foram atendidas na agência onde eu estava, não foram pessoas que nasceram em setembro ou outubro. Foram várias outras pessoas. As pessoas estão indo, basicamente, todo mundo, todo dia”, destaca.

Guimarães disse que o benefício já foi pago a 50 milhões de pessoas e vislumbra que outras duas parcelas previstas seja pagas com menos problemas.

“A partir do momento que este primeiro pagamento tenha sido feito com sucesso, nós entendemos e esperamos que o segundo e o terceiro pagamento sejam feitos de uma maneira menos traumática”, prevê.

FONTE: G1