
RIO — O anestesista Giovanni Quintella Bezerra foi condenado a cumprir 30 anos de prisão, em regime fechado, por estupro de vulnerável contra duas mulheres durante procedimentos de parto em São João de Meriti, na Baixada Fluminense.
A sentença foi proferida pelo juízo da 2ª Vara Criminal do município e confirma a gravidade dos crimes cometidos dentro de um ambiente que deveria ser de cuidado e proteção.
Caso ganhou repercussão nacional
O médico foi preso em flagrante em 2022 após ser filmado enquanto cometia o crime durante uma cesárea. O vídeo chocou a sociedade e colocou em evidência a questão da violência obstétrica e da segurança das pacientes em ambientes hospitalares.
Segundo informações da Delegacia de Atendimento à Mulher (DEAM), outros cinco casos envolvendo o profissional ainda estão sob investigação.
Pedido de liberdade negado
A defesa do acusado chegou a protocolar diversos pedidos de habeas corpus, mas todos foram rejeitados pela Justiça. O advogado argumentava supostas falhas no processo, mas os magistrados mantiveram a decisão de manter o réu preso preventivamente até o julgamento final.
Impacto nas discussões sobre segurança feminina
O caso gerou amplo debate sobre a vulnerabilidade das mulheres durante o parto e a necessidade de maior controle e supervisão em salas cirúrgicas. Muitas pacientes relataram sentir-se desprotegidas durante o momento do nascimento de seus filhos.
“A hora de dar à luz é um momento de grande vulnerabilidade para a mulher, independente do tipo de parto escolhido”, destacou uma especialista ouvida por veículos locais.
Entenda o crime e a legislação aplicada
Giovanni Quintella Bezerra foi indiciado por estupro de vulnerável, crime previsto no artigo 217-A do Código Penal brasileiro, cuja pena varia de 8 a 15 anos de reclusão por cada caso confirmado.
No entanto, por conta da gravidade das circunstâncias e da reiteração criminosa, a Justiça decidiu aplicar uma pena majorada, totalizando trinta anos de prisão.
Conclusão
O caso do anestesista Giovanni Quintella Bezerra trouxe à tona questões importantes sobre a segurança das mulheres em hospitais e a responsabilização de profissionais de saúde que abusam de sua posição de poder. A condenação demonstra o avanço do sistema judicial no combate a crimes sexuais contra pessoas em situação de vulnerabilidade.