Alunos passam mal ao comer merenda em escola estadual de Alagoas

Comida de escola de tempo integral em Viçosa provocou diarreia e náuseas em estudantes © Reprodução

Alunos da Escola Estadual Joaquim Diegues, que funciona em regime de tempo integral no município alagoano de Viçosa, divulgaram vídeos nas redes sociais denunciando que cerca de 30 estudantes passaram mal, com náuseas e diarreia, após comer a merenda servida nesta quinta (20), com creme de frango e maionese. A direção da escola nega ter oferecido alimento vencido e apura o caso suspeitando de sabotagem.

Um dos vídeos mostra uma aluna sendo carregada nos braços por colegas e uma pessoa ao fundo falando que não tem ninguém da escola para ajudar. “Vai ser levada nos braços porque não tem ninguém para ajudar a menina. Todo mundo com dor de barriga, todo mundo. É o integral do Joaquim Diegues. Todo mundo por causa de um frango”, relata o suposto aluno que filma a cena.

A diretora da escola, Adriana Fonseca, afirma ainda que os estudantes que passaram mal na escola foram encaminhados para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do município de Viçosa.

“Os estudantes que passaram mal ficaram em casa. Alguns outros só vieram aqui para tumultuar, mas nós controlamos a situação. Nossos orientadores levaram os alunos que estavam na escola para a UPA para investigar o grau da infecção, mas foi considerada pelo médico de grau leve, então todos foram medicados e liberados em seguida”, explica a diretora.

Assista ao registro publicado pela Gazetaweb:

“Erros”

A diretora da escola, Adriana Fonseca, garante que a merenda não estava vencida, mas admite a possibilidade de ter havido erros.

“Jamais, o governador [Renan Filho, do MDB] em campanha, a gestão nova que eu assumi há pouco tempo, que quero reorganizar, iria permitir servir merenda vencida para os alunos. Eu como da merenda, outros professores também, em nenhum momento a gente percebeu algo errado”, afirmou.

“Se a gente errou, estamos apurando os erros. Já informamos à Gerência Regional de Educação e à Secretaria de Estado da Educação. Também pedimos que a Vigilância Sanitária viesse aqui e até mesmo uma comissão de pais de alunos para verificar o local. A única sobra de comida que tem aqui é o arroz, porque a comida estava tão boa que não sobrou nada”, disse Adriana.

A Secretaria de Estado da Educação (Seduc) vê o episódio como um “caso isolado e sem precedentes” e afirmou, em nota, seguir todas as recomendações do Programa Nacional de Alimentação Escolar. [GAZETAWEB]