
Uma nova plataforma digital foi lançada para permitir que trabalhadores com carteira assinada antes da Constituição de 1988 e seus herdeiros consultem e saquem valores remanescentes do antigo Fundo PIS/Pasep. Estima-se que cerca de 10,5 milhões de brasileiros tenham direito aos recursos esquecidos, totalizando aproximadamente R$ 26 bilhões disponíveis para retirada.
O Fundo PIS/Pasep foi criado entre 1971 e 1988 como um mecanismo de complementação de renda para trabalhadores do setor privado (PIS) e servidores públicos (Pasep). Originalmente, os saques eram permitidos apenas em situações específicas, como aposentadoria, doenças graves ou compra de casa própria. Contudo, o fundo foi extinto em 2020, deixando bilhões de reais sem movimentação nas contas dos beneficiários.
Agora, por meio do chamado Repis Cidadão, os valores poderão ser resgatados de forma simplificada. O Ministério da Fazenda anunciou que as primeiras devoluções começarão no dia 28 deste mês. Para acessar o sistema, será necessário ter cadastro no portal gov.br com nível prata ou ouro, que atesta a autenticidade dos dados pessoais do usuário. Além disso, a consulta também estará disponível no Aplicativo FGTS, da Caixa Econômica Federal.
A plataforma vai unificar as informações sobre os saldos residuais, facilitando o processo de identificação e saque dos recursos. Esse avanço tecnológico tem como objetivo garantir que os trabalhadores e seus herdeiros possam recuperar o dinheiro que lhes é de direito. Para muitos brasileiros, esse resgate pode representar uma importante ajuda financeira, especialmente em momentos de dificuldade econômica.
O lançamento da ferramenta marca um passo significativo na modernização dos serviços públicos e na inclusão financeira de grupos que contribuíram para o crescimento do país décadas atrás. Agora, com maior facilidade de acesso, espera-se que esses valores retornem à economia, beneficiando tanto os cidadãos quanto o mercado nacional.