Plataforma ajuda nas previsões de risco de desmatamento na Amazônia

Floresta em Risco. Esse é o nome da plataforma que faz previsões sobre o risco de desmatamento na Amazônia. A ideia é usar as informações para uma melhor compreensão dos fatores que influenciam a quantidade de desmatamento e sua distribuição no tempo e no espaço.

O modelo desenvolvido revela áreas que podem ter sofrido desmatamento; ajuda a identificar áreas de risco; e, assim, orientar respostas político-ambientais mais direcionadas.

A plataforma é uma iniciativa dos pesquisadores do Ipam (Instituto de Pesquisa Ambiental) e os recursos para desenvolvimento do projeto vieram do Banco Mundial.

A ideia da equipe é identificar o impacto de ações, como: avanço da agricultura e pecuária, decisões de autoridades governamentais como a criação de Áreas de Proteção Ambiental, reflorestamento ou demarcação de territórios indígenas. A partir daí, se analisa um conjunto de cenários ambientais, que pode se consolidar ou não, em relação a perda de vegetação nativa na região.

Para gerar uma média de nível de desmatamento, o ponto de partida foi a análise de dados entre os anos de 1999 a 2022.

Segundo o Ipam, a plataforma Floresta em Risco revela que se não houver nenhum tipo de recuo ou intervenção, a Amazônia Legal poderá perder até 50 mil quilômetros quadrados de vegetação nativa, considerando os anos de 2020 à 2025. Isso corresponde duas vezes o estado de São Paulo.

A distribuição espacial do desmatamento prevista pela plataforma indica que a região central do Pará e o sul do Amazonas, especialmente as regiões próximas a estradas, seriam as áreas com maior risco de desmatamento.