Vacinação de pessoas a partir dos 50 anos será antecipada em Manaus, diz Pazuello

Embora não tenha indicado data, o ministro afirmou que ação acontecerá na “primeira pernada” da campanha nacional de imunização. Etapa será coordenada pelo Ministério da Saúde e Defesa

A vacinação de pessoas acima dos 50 anos em Manaus será coordenada pelo Ministério da Saúde e acontecerá na “primeira pernada” da campanha nacional de imunização. A afirmação foi feita pelo ministro Eduardo Pazzuelo, durante sessão no Senado Federal na tarde de hoje (11), na qual foram apresentadas as ações realizadas pela pasta para conter a pandemia do novo coronavírus.

A ação contará com a parceria do Ministério da Defesa e segundo o ministro, não prejudicará os outros estados da federação, pois funcionará como um empréstimo da primeira dose.“A vacinação será pró-ativa. Quem vai fazer a vacinação acelerada em Manaus é o Ministério da Saúde com o Ministério da Defesa já está combinado”, anunciou Pazzuelo.

A medida é uma resposta ao apelo dos senadores Eduardo Braga (MDB) e Omar Aziz (PSD). Durante o seu discurso Omar criticou a inação do Governo Federal e o negacionismo à ciência. “Ninguém duvida do que Governo Federal está fazendo, mas todo esse esforço se perde quando se nega a ciência e discute o envio de recursos para os estados e municípios”, disse o parlamentar.

Aziz destacou o conhecimento de Pazzuelo sobre as dificuldades da região Amazônica. E em nome do Amazonas e dos Estados que recebem os amazonenses acometidos pela Covid-19, ele solicitou a imunização em massa da população local e a assistência de pacientes pós-covid nos hospitais militares.

“Ou nós imunizamos 70% dos amazonenses, ou vai ter uma terceira onda. Isso está sendo dito por pessoas que tem credibilidade e que lá atrás já anunciavam a segunda onda”, advertiu Omar.

Ao longo da sessão o ministro expôs aos senadores as providências tomadas pelo MS para combate à Covid-19. Grande parte do discurso foi dedicado ao Amazonas ao qual ele se referiu: “é o meu estado também”. Pazzuelo, se eximiu da culpa sobre o colapso do oxigênio no estado, e com auxílio de uma linha do tempo pontuou a agenda realizada por ele e sua equipe.

Segundo ele, apenas no dia 7 de janeiro secretário de Saúde do Amazonas haveria solicitado apoio logístico para o transporte de cilindros de oxigênio. “Até então, senhores não havia noticia sobre a falta de oxigênio”, afirmou o ministro que é alvo de investigação do Ministério Público Federal (MPF) sobre a falta do insumo no Estado. A manchete de A Crítica no dia sete de janeiro alertava para a explosão da demanda pelo insumo hospitalar.

As operações prometidas pelo ministro para o Amazonas foram: a regularização do oxigênio, a atenção à saúde primária e especializada, as remoções aéreas de pacientes e a vacinação.