AMAZONAS — O Brasil avança na campanha de vacinação contra a dengue, mas a cobertura vacinal ainda preocupa, especialmente no Amazonas. Segundo dados preliminares do Departamento do Programa Nacional de Imunizações (DPNI), menos da metade das pessoas que iniciaram o esquema vacinal tomaram a segunda dose.
No estado amazonense, a situação é similar: dos adolescentes de 10 a 14 anos, público-alvo da campanha, apenas uma parcela retornou para completar a imunização. A baixa adesão à segunda dose é um alerta, já que a vacina, aplicada em duas doses com intervalo de três meses, é fundamental para garantir a proteção contra formas graves da doença.
A secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel, ressalta a importância da vacinação e chama a atenção para a necessidade de os pais e responsáveis levarem seus filhos para completar o esquema. “Dentro da faixa etária indicada pelo laboratório, selecionamos o intervalo com maior número de hospitalizações por dengue no Brasil. Contudo, esse público tem uma adesão menor, justamente por não ser uma idade que frequenta os serviços de saúde rotineiramente”, destaca.
A dengue, impulsionada pelas mudanças climáticas, tem causado um surto global em 2024. No Brasil, a doença continua a ser um grave problema de saúde pública, com altas taxas de hospitalização e óbitos. A vacinação é uma ferramenta importante para combater a doença, mas não é a única. O Ministério da Saúde reforça a necessidade de continuar com as ações de prevenção e controle do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue.
É fundamental que a população colabore com as ações de combate à dengue, eliminando criadouros do mosquito em suas residências e realizando a sua parte para proteger a si mesmo e à comunidade. A vacinação, em conjunto com as medidas de prevenção, é a chave para controlar a epidemia e reduzir o impacto da dengue na saúde pública.