‘Uma Tarde no Museu’ encanta jovens e adultos do Abrigo Moacyr Alves

Foto: Karla Vieira/Manaus Solidária

Quando se trata de cultura, o raciocínio lógico dá lugar ao sentir, ao experimentar e ao “enxergar” com o coração. Prova disso são os jovens e adultos do Abrigo Moacyr Alves que participaram nesta quinta-feira, 28/2, do projeto “Uma Tarde no Museu”. Tendo em seu quadro pessoas acolhidas com idades entre 1 e 48 anos, o Abrigo Moacyr Alves é especializado no acolhimento de crianças, jovens e adultos com deficiências neurológicas e físicas. Grande parte dos 60 abrigados possui deficiência intelectual que varia de leve a severa.

E foi esse público que o Museu da Cidade de Manaus, localizado no Centro Histórico de Manaus, recebeu, por meio do projeto “Uma Tarde no Museu”, desenvolvido pelo Fundo Manaus Solidária. O projeto entra em seu segundo mês de execução e vem procurado diversificar o público atendido a cada nova semana.

Conforme a presidente do Fundo Manaus Solidária, a primeira-dama Elisabeth Valeiko Ribeiro, o projeto foi pensado para ser uma forma de inclusão, sobretudo, de pessoas em situação de vulnerabilidade social, que vivem em bairros periféricos ou que teriam dificuldades de ir por conta própria, conhecer um pouco mais sobre a história de Manaus.

“Sou arquiteta, urbanista e reconheço a beleza desse prédio, dessa área da cidade em preservação ou em recuperação, mas acima de tudo sou mãe, avó e uma cidadã que pensa que todos têm o direito de conhecer um pouco mais sobre si, aprender sobre suas raízes e é isso que o museu representa. Fico muito feliz em saber que as crianças, os jovens, adultos e idosos têm apreciado o Museu de Manaus e tem aproveitado a experiência que o Fundo Manaus Solidária tem proporcionado a eles”, declara.

A oportunidade, inclusive, foi muito comemorada pela psicopedagoga da organização social, Hannah Fernandes. Ela, que já havia se interessado em participar do “Uma Tarde no Museu”, ficou feliz quando o Serviço Social do Fundo Manaus Solidária entrou em contato com o Moacyr Alves para fazer o convite para a visitação ao museu. Nesta primeira visita, 11 crianças e jovens, entre 7 e 38 anos, participaram do projeto. Segundo Hannah, os passeios culturais e recreativos são sempre bem-vindos porque promovem a inclusão.

“Aproximadamente 95% das pessoas acolhidas pelo Moacyr Alves têm quadro de deficiência física ou neurológica e proporcionar-lhes atividades culturais e recreativas é muito benéfico. Apresentar outros espaços da cidade, permitir que eles conheçam objetos que, normalmente, não têm contato enriquece o repertório deles. Eles perguntam, se interessam, socializam e tudo isso é muito válido. Eles têm dificuldade no raciocínio lógico, mas as atividades funcionais, como essas exposições, são importantes. É maravilhoso poder estar aqui com eles”, afirmou.

O Abrigo Moacyr Alves desenvolve atividades em diversas linhas de atuação, com profissionais das áreas de: fisioterapia, psicologia, serviço social, pedagogia, psicopedagogia, serviço médico (neurologia, psiquiatria, pediatria e clínica geral); fonoaudiologia, odontologia e nutrição (estágios acadêmicos).

O Museu da Cidade está aberto de terça-feira a domingo, das 9h às 17h, com última visita se iniciando às 16h20, e está localizado em frente à Praça Dom Pedro II, Centro.