TRT suspende salário de Rafael após morte de Miss e estuda exoneração

O suspeito permanece preso após confessar o assassinato da Miss Manicoré Kimberly Karen Mota ─ Imagem: Reprodução

Após confessar a autoria do feminicídio da Miss Manicoré Kimberly Karen Mota, o analista judiciário do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), Rafael Fernandes Rodrigues, teve o salário suspenso pelo órgão. O crime, que teve alta repercussão na imprensa, foi revelado no dia 12 de maio deste ano, após o encontro do corpo da jovem, no apartamento de Rafael, na avenida Joaquim Nabuco, no bairro Centro, na Zona Sul de Manaus. O TRT estuda ainda a exoneração de Rafael do cargo que ocupava.

Conforme o órgão, desde o dia 11 de maio deste ano, Rafael não recebe remuneração, em razão de não comparecer ao serviço. A determinação de suspensão do pagamento durará enquanto ele permanecer ausente, pois a contrapartida para o recebimento se baseia no exercício do cargo.

Já em relação ao processo de exoneração do cargo, a questão possui disciplina própria na Lei nº 8.112/90 e ainda será objeto de apreciação pelo TRT em Processo Administrativo Disciplinar (PAD), no momento oportuno, tendo em vista que o ato confessado por Rafael ainda não foi objeto de julgamento pelo Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas.

Ele atuava no cargo de Analista Judiciário desde outubro de 2017 e, antes do crime, havia se cadastrado no site da Associação dos Servidores da Justiça do Trabalho (Anajustra), para negociar transferência do Estado para outros TRTs. Na solicitação, Rafael justifica que a transferência seria por ‘’motivos familiares’’.

Com origem em Manaus, na 11ª Região do TRT, o servidor havia solicitado transferência para unidades do Sul ou Sudeste, incluindo diversos estados como São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina e Espírito Santo.

FONTE: EM TEMPO