‘Te peço desculpas Arthur’, diz Elisabeth Valeiko sobre ‘Caso Flávio’

Foto: Reprodução/Internet

MANAUS – Em publicação no Facebook na noite do último dia 10, a primeira-dama do município Elisabeth Valeiko pediu desculpas ao seu esposo, o prefeito de Manaus Arthur Neto (PSDB), por conta da repercussão do ‘Caso Flávio’, que envolve seu filho Alejandro Valeiko, 30. Ele cumpre prisão preventiva no Centro de Detenção Provisória (CDPM) desde o último sábado (7). Na postagem, Elisabeth também criticou o que chama de ‘politização’ do caso.

“Agora, tudo isso é usado de forma forçosa, buscando minha humilhação e de meu esposo, que não tem parado de trabalhar para honrar a confiança que o povo de Manaus nele depositou. Te peço desculpas Arthur. Não queria que minha dor fosse usada para lhe atacar. Você é um homem bom, com bons ideais”, disse a primeira-dama em trecho da publicação.

Alejandro é um dos cinco indiciados por envolvimento no homicídio do engenheiro Flávio Rodrigues, 42, encontrado morto no dia 30 de setembro em um terreno baldio no Tarumã, Zona Oeste da capital..

No domingo (8), Elisabeth foi acusada de tentar ‘furar fila’ por familiares de presos do CDPM, situado no quilômetro 8 da BR-174 (Manaus-Boa Vista). “Vi um vídeo de alguém comentando que eu não era melhor que ninguém. E isso é verdade. A mais pura verdade. Se esse é o procedimento, estarei lá, na fila, no sol ou na chuva, para poder vê-lo. Sou apenas mais uma mãe que tenta lutar pelo bem de seu filho. Uma batalha que não começou agora”, diz na publicação.

Desde julho deste ano o acesso ao local está mais restrito, de acordo com a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap). Para efetuar a visita é necessário realizar um pré-cadastro em um aplicativo disponibilizado pela Seap. Em sua publicação nas redes, a primeira-dama afirma que não sabia do procedimento, apesar de ter sido acompanhada por uma advogada na ocasião.

“Fui ao presídio sem avisar. Queria poder me sentir, pelo menos, um pouco próxima do meu filho. Queria me cadastrar para vê-lo. E aqui começo a viver o drama de muitas outras mães que acabaram vendo seus filhos, de alguma forma, dependentes do sistema prisional”, afirmou no post.

Flagrada

A chegada de Elisabeth no CDPM foi flagrada por câmeras e publicada nas redes sociais. Ela levava um bolo e um salgado, os quais não puderam ser entregues ao filho, pois a entrada de comida externa está proibida desde o mês de julho. A ação foi impedida pela Coordenação do Sistema Prisional (Cosipe).

Horas após a tentativa frustrada, o advogado Marco Aurélio Choy, representante da defesa de Alejandro no caso, enviou nota informando que a “primeira dama não tentou burlar qualquer sistema de segurança para visitar Alejandro”. Ainda de acordo com ele, após entrar no local, é que fora informado a ela o procedimento de cadastro.

“As informações são desencontradas, cheias de burocracias. Mas aos poucos vou entender melhor tudo isso”, disse a primeira-dama em sua rede social. “Minha desinformação sobre o assunto criou uma narrativa totalmente equivocada. Disseram de tudo, que furei fila, que estava mimando meu filho… De forma alguma vou buscar um tratamento diferenciado das outras mães”, afirmou.

Em outubro, o prefeito de Manaus chegou a comentar o caso envolvendo Alejandro e afirmou que a morte do engenheiro se tratava de um “acerto de contas por conta do tráfico de drogas”, após uma festa na casa de Valeiko. Dias após o crime, a Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS) apontou o uso do carro da Prefeitura na cena do crime, e que foi usado pelo militar Elizeu da Paz para transportar o corpo de Flávio até o terreno baldio no Tarumã.

Por ACRÍTICA