STF cobra explicações sobre queimadas em seis cidades do Amazonas

As cidades amazonenses atingidas pelas queimadas estão localizadas no Sul do Amazonas, fronteira com o Mato Grosso.

AMAZONAS — Seis municípios do Amazonas estão entre os que mais registram focos de incêndio no Brasil. São eles: Apuí, Lábrea, Novo Aripuanã, Manicoré, Humaitá e Boca do Acre, todos localizados no sul do estado, na fronteira com o Mato Grosso. A região enfrenta o avanço de atividades agropecuárias e o desmatamento ilegal, o que contribui diretamente para o aumento das queimadas.

Diante da situação crítica, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, determinou que o governo do Amazonas, juntamente com outros cinco estados da Amazônia Legal, forneça explicações sobre as causas do descontrole no combate às queimadas. Segundo dados oficiais, essas áreas são responsáveis por 85% dos focos de incêndio na Amazônia.

As cidades citadas estão em áreas marcadas pela expansão da pecuária e pela presença de serrarias que operam de forma clandestina. Apesar da prática ilegal ser de conhecimento público, as autoridades locais e estaduais têm enfrentado dificuldades para fiscalizar e combater essas atividades, o que agrava ainda mais o problema.

A pressão sobre o governo estadual e federal para que se intensifiquem as ações de fiscalização ambiental na região aumenta à medida que o desmatamento e os incêndios ganham proporções alarmantes. O avanço das queimadas na Amazônia gera preocupações não só sobre a devastação da floresta, mas também sobre as consequências globais para o meio ambiente e o aquecimento global.

Flávio Dino deu prazo para que as autoridades envolvidas apresentem um plano de ação e expliquem por que medidas preventivas não estão sendo suficientes para conter as queimadas na região. A expectativa é que o governo do Amazonas e outros estados amazônicos detalhem os esforços que estão sendo feitos e como pretendem reverter o cenário de destruição ambiental.