Região Norte apresenta os piores índices de frequência escolar do Brasil, segundo IBGE

Na região Norte, apenas 16,6% das crianças de 0 a 3 anos estão matriculadas em unidades de ensino.

Os dados do Censo 2022, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelam avanços nas taxas de frequência escolar em todas as regiões do Brasil quando comparados aos resultados do Censo de 2000. No entanto, as desigualdades regionais ainda persistem, com a região Norte apresentando os piores índices de frequência escolar em quase todas as faixas etárias. A diferença mais marcante está nos anos iniciais da educação, especialmente entre crianças de 0 a 3 anos.

Na região Norte, que engloba os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins, apenas 16,6% das crianças de 0 a 3 anos estão matriculadas em unidades de ensino. Esse percentual contrasta com as taxas de 30% registradas no Nordeste e Centro-Oeste e os impressionantes 41% observados no Sul e Sudeste. Entre as crianças de 6 a 14 anos, que frequentam o ensino fundamental, a taxa de frequência escolar no Norte é de 96,9%, ainda abaixo dos 98% alcançados pelas demais regiões.

No caso dos adolescentes de 15 a 17 anos, período correspondente ao ensino médio, os índices nacionais são semelhantes, variando em torno de 85%. Contudo, as menores taxas são encontradas no Norte (83,7%) e no Centro-Oeste (83,9%). Já na faixa etária dos 18 aos 24 anos, o Norte não figura como a região com menor frequência escolar – essa posição é ocupada pelo Nordeste (26,7%) e pelo Sudeste (27,1%). No Norte, 28,7% dessa população frequenta a escola, um índice ligeiramente inferior ao do Centro-Oeste (28,9%) e distante do Sul, que lidera o ranking com 29,8%.