Projeto “Notas da Memória” leva arte a idosos da Fundação Doutor Thomas

O projeto "Notas da Memória", do programa Cultura Ativa, levou música e alegria aos idosos da ILPI da FDT com apresentações voluntárias do saxofonista Marcelo Torres.

MANAUS, AM — Na manhã desta sexta-feira (7), a Fundação de Apoio ao Idoso Doutor Thomas (FDT), vinculada à Prefeitura de Manaus, transformou-se em um palco de emoções com o projeto “Notas da Memória”. Sob o comando do saxofonista Marcelo Torres, a iniciativa usou a música como ponte entre passado e presente, resgatando lembranças afetivas dos residentes da Instituição de Longa Permanência (ILPI). A atividade, realizada na sede da FDT, no bairro Nossa Senhora das Graças, integra o programa “Cultura Ativa”, que incentiva artistas a oferecerem apresentações voluntárias para promover bem-estar e interação social.

O diretor-presidente da FDT, Eduardo Lucas, destacou o papel terapêutico da música na terceira idade. “Cada nota desperta memórias e fortalece a autoestima. É gratificante ver a alegria nos olhos dos idosos ao relembrarem momentos importantes de suas vidas”, afirmou. Com mais de oito anos de carreira, Marcelo Torres reforçou a conexão emocional do projeto: “A música é uma linguagem universal. Tocar para esses idosos não só compartilha arte, mas cria um elo que transcende o tempo, trazendo conforto e felicidade”.

A residente Eileen Simonetti, de 65 anos, emocionou-se ao ouvir clássicos de Djavan executados ao saxofone. “Foi um mar de emoções! Ver minha música favorita ganhar vida com esse instrumento tão lindo me transportou para momentos especiais”, contou. Durante o evento, Torres percorreu as vilas da instituição, permitindo que todos os idosos acompanhassem o espetáculo e até pedissem canções, garantindo uma experiência inclusiva e personalizada.

O “Cultura Ativa” seguirá com atividades semanais, mobilizando artistas locais para encontros que valorizam a arte como ferramenta de transformação. Além de entreter, o projeto reforça a importância do envelhecimento ativo e da memória afetiva, mostrando que, mesmo em momentos de silêncio, a música sempre encontra eco no coração.