Preso pela morte de galerista americano alega que crime foi encomendado por ex

Em novo depoimento à polícia, o cubano Alejandro Prévez disse que receberia US$ 200 mil pelo homicídio de Brent Sikkema.

O cubano Alejandro Prévez, suspeito de matar a facadas o americano Brent Sikkema, na zona sul do Rio de Janeiro, afirmou que cometeu o crime a mando do ex-companheiro da vítima, em novo depoimento à polícia. Ele está preso desde o dia 18 de janeiro.

O assassinato teria sido encomendado por US$ 200 mil, quase um milhão de reais.

Segundo o cubano, o ex-companheiro reclamava que Brent vinha pagando valores muito baixos de pensão, gastava muito dinheiro com drogas, festas e garotos de programa.

Outra reclamação era de que o americano estava em um relacionamento com outra pessoa, o que poderia prejudicar a repartição dos bens no divórcio.

A polícia pediu a prisão preventiva do ex-companheiro do galerista norte-americano nesta quarta-feira (7).

Suspeito entrou na casa com chave enviada por ex-companheiro

Ainda durante o depoimento, Alejandro afirmou que entrou na casa do galerista, no Jardim Botânico, usando uma chave que o ex havia enviado de Nova York. Ele negou que tenha roubado bens da casa.

Alejandro tentou matar o americano em outra ocasião

Alejandro alegou que essa não foi a primeira vez que ele tentou matar Brent Sikkema. Em outra ocasião, ele comprou uma besta pela internet, que é uma espécie de arco e flecha, para tentar acertar o americano quando ele aparecesse na janela de casa.

Ele alegou que desistiu da ideia porque percebeu que teria pouca visibilidade e ângulo.

Relembre o crime

O americano Brent Sikkema foi encontrado morto no interior da sua casa, no Jardim Botânico, na zona sul do Rio, no dia 15 de janeiro.

O laudo pericial indicou que Sikkema foi ferido com 18 facadas, sendo os golpes concentrados nas regiões do rosto e do tórax.

De acordo com a polícia, o suspeito deixou o aparelho de ar-condicionado ligado, em uma possível tentativa de manter o corpo preservado.

Quem era Brent Sikkema?

O americano Brent Sikkema, de 75 anos, era sócio de uma importante galeria de arte em Nova York.

Sikkema morava nos Estados Unidos, mas viajava, ao menos três vezes por ano, para o Brasil, durante as festas de fim de ano e o Carnaval.

Segundo a advogada do americano, ele era apaixonado pela arte brasileira e pelo país. Inclusive, tinha a intenção de se mudar para o Brasil.

Foi a advogada e amiga de Sikkema que encontrou o corpo da vítima sobre a cama, no dia seguinte ao assassinato.

Ela foi à residência, no Jardim Botânico, por não conseguir contato no dia em que os dois tinham uma reunião marcada.