A Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), está intensificando ações para reduzir o impacto da cheia do rio Negro na saúde da população de Manaus. O objetivo é evitar surtos de doenças, principalmente as que são transmitidas pelo contato com água ou alimentos contaminados, como é o caso de diarreia.
O trabalho faz parte da “Operação Cheia 2018”, que a Prefeitura de Manaus executa nas áreas identificadas como de risco para alagação. Além das Doenças Diarreicas Agudas, há preocupação com agravos como leptospirose, hepatite A, tétano acidental, dengue, zika, chikungunya e malária.
“Com as cheias, Manaus pode registrar um aumento no número de casos dessas doenças em comunidades onde há a ocorrência de alagamentos. Por isso a Semsa planeja todos os anos uma série de ações para prevenir possíveis surtos”, informa o secretário municipal de Saúde, Marcelo Magaldi.
As ações foram intensificadas em 14 áreas de risco: Mauazinho, São Jorge, Educandos, Raiz, Betânia, Presidente Vargas, Colônia Antônio Aleixo, Aparecida, Centro, Santo Antônio, Compensa, Tarumã, Puraquequara e São Geraldo.
O trabalho engloba a oferta de hipoclorito de sódio, utilizado na desinfecção da água para o consumo humano, com orientação sobre o modo adequado de utilização, e a distribuição de material informativo sobre as formas de prevenção das doenças.
Os profissionais de saúde também estão intensificando a oferta de vacinação nas áreas de risco para inundações, priorizando imunização para doenças como difteria, tétano, sarampo, hepatite A, meningite, rubéola, coqueluche e caxumba.
Por meio do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), está sendo realizada a desratização para o controle de infestações. O cronograma de trabalho é feito de acordo com o Plano de Contingência da Prefeitura de Manaus, e a desratização já aconteceu em áreas nos bairros Educandos, Raiz, Betânia e Presidente Vargas.
Os profissionais do CCZ também estão promovendo ações educativas sobre a leptospirose, doença que pode ser transmitida pelo contato com a urina de ratos, e abordando a importância da guarda responsável de animais.
O setor de Vigilância da Água (Vigiágua Manaus), do Departamento de Vigilância Ambiental e Epidemiológica (Devae/Semsa), já está executando um plano de contingência de vigilância da qualidade da água para o consumo humano nas áreas de risco de inundações.
“Por ocasião de inundação decorrente do processo de enchente, o sistema público de abastecimento de água, assim como poços coletivos ou individuais, podem ser danificados, destruídos ou contaminados, afetando a qualidade e a potabilidade da água, deixando a população exposta a doenças de veiculação hídrica. Então, é feito todo um trabalho de avaliação e monitoramento, por meio de um plano de amostragem de controle e vigilância da qualidade da água, em pontos estratégicos de coleta, cadastrados em áreas de risco”, informa a chefe do Vigiágua Manaus, engenheira florestal Jocilene Galúcio Barros.
Segundo ela, o trabalho de intensificação de ações de prevenção nas áreas de risco de alagamento será mantido por um período de seis meses.