
MANAUS — Em uma ação conjunta entre as Polícias Civis do Amazonas, São Paulo e Paraná, a Operação Loki desarticulou um grupo criminoso especializado em aplicar golpes de falsa redução de dívidas de financiamento bancário. A operação, deflagrada na quarta-feira (15/05), resultou na prisão de nove integrantes da quadrilha que atuava em 14 estados brasileiros e 24 municípios amazonenses.
De acordo com o delegado Mauro Duarte, titular do 30° Distrito Integrado de Polícia (DIP), a quadrilha utilizava a empresa “Solução Financeira” como fachada para atrair vítimas. Através de propaganda enganosa em veículos de comunicação, prometiam reduzir as dívidas de financiamento de veículos em até 70%.
“As vítimas fechavam contratos e pagavam entre R$ 4 mil e R$ 20 mil, mas nada era feito para reduzir as dívidas. Após alguns meses, os veículos eram apreendidos caso não houvesse negociação direta com os bancos”, explicou o delegado.
As investigações, que tiveram início há cerca de dois meses, revelaram que a organização criminosa atuava em 14 estados brasileiros e 24 municípios amazonenses. Inicialmente, seis vítimas foram identificadas na capital amazonense.
Com base nas evidências coletadas, a Polícia Civil solicitou à Justiça o bloqueio de bens dos envolvidos, a suspensão das atividades da empresa e a prisão preventiva dos suspeitos.
Prisões e apreensões:
- Daniella Weiber e Thiago Aldo, donos da empresa, foram presos em Cascavel (PR).
- Seis funcionários foram presos em Manaus e um gerente em Campinas (SP).
- Na sede da empresa, em Manaus, foram apreendidos 18 computadores, mais de 20 celulares, centenas de contratos e carnês bancários.
Os donos e funcionários da empresa responderão pelos crimes de:
- Estelionato
- Associação criminosa
- Sonegação fiscal
- Não fornecimento de nota fiscal de serviço
- Lavagem de dinheiro
A Operação Loki
O nome da operação faz referência ao Deus da trapaça e da mentira na mitologia nórdica, simbolizando a natureza enganosa dos crimes praticados pela organização criminosa.
Próximos passos
As investigações continuarão para apurar a participação dos funcionários nos crimes e identificar outras vítimas.