A imprensa norte-americana revelou neste domingo (26) uma carta em que o embaixador aposentado do Vaticano nos Estados Unidos arcebispo Carlo Maria Vigano acusa o papa Francisco de saber desde 2013 que o ex-arcebispo de Washington cardeal Theodore McCarrick convidava regularmente seminaristas para a cama.
Apesar de saber que “McCarrick era um predador”, papa Francisco teria reabilitado o ex-arcebispo. Em julho deste ano, o cardeal acusado de pedofilia pediu renúncia do cargo, pedido esse que foi aceito pelo líder da Igreja Católica .
O ex-arcebispo, de 88 anos, ficou ainda suspenso de qualquer ministério público por ter sido acusado de pedofilia e ter violentado um adolescente há 45 anos, quando era padre em Nova York, nos Estados Unidos. Além disso, McCarrick também teria mantido relações com seminaristas adultos.
Vigano afirma em carta de 11 páginas que Francisco apenas tomou uma atitude mais forte com McCarrik após “ser forçado” pela mídia, que chamou atenção para as denúncias conta o ex-arcebispo. O papa teria punido o cardeal para “proteger sua imagem”.
“Papa Francisco precisa ser o primeiro a dar um bom exemplo a cardeais e bispos que acobertaram os abusos de McCarrick e renunciar ao lado de todos eles”, escreveu o embaixador aposentado. De acordo com a CNN, fonte próxima de Vigano afirma que a carta é legítima, mas o Vaticano ainda não se pronunciou sobre as acusações.
Após assumir o cargo nos Estados Unidos em 2011, Vigano se aposentou em 2016, aos 75 anos. O crítico do líder da Igreja Católica, apesar de todas as afirmações na carta, não apresentou nenhuma prova de suas alegações.
Fonte: Agência Brasil
