Nikolas Ferreira pede investigação contra Lula por fala sobre Moro

Segundo o deputado, as declarações do presidente "pode influenciar a violência contra autoridades”

O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) protocolou no Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido para que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), seja investigado pelas falas sobre o senador Sérgio Moro (União Brasil-PR).

O mandatário disse, durante uma coletiva de imprensa, que as investigações que vieram a público sobre os planos de matar figuras políticas por parte do Primeiro Comando da Capital (PCC), eram mais uma “armação” do ex-ministro da Justiça Sérgio Moro. “Eu vou descobrir o que aconteceu, é visível que é uma armação do Moro, mas eu vou pesquisar, eu vou saber do porquê da sentença”, disse o petista.

A notícia-crime aberta por Ferreira tem como argumento que a delação do presidente “se agrava na medida em que se trata de narrativas proferidas pelo Chefe de Estado e de Governo, que possui extrema influência em todo o território nacional”.

O deputado comentou o pedido nas redes sociais, ressaltando que as declarações do presidente podem “influenciar a violência contra autoridades que buscam combater a criminalidade”.

Na última quarta-feira (22), a Polícia Federal (PF) prendeu cerca de 9 suspeitos de participarem de planos para atentar contra vida de figuras públicas, tais como o ex-ministro da Justiça Sérgio Moro. Foram cumpridos 4 mandados de prisão temporária, 7 de prisão preventiva, além de 24 de busca e apreensão em São Paulo, Paraná, Mato Grosso do Sul e Rondônia.

Além disso, também na última quarta-feira, durante a entrevista de Lula ao portal Brasil 247, o mandatário disse que sentiu muita “mágoa” durante o período que estava preso em Curitiba em decorrência dos processos da Lava Jato. “De vez em quando um procurador entrava lá de sábado, ou de semana, para visitar, se estava tudo bem. Entrava 3 ou 4 procuradores e perguntava ‘tá tudo bem?’. Eu falava ‘não está tudo bem. Só vai estar bem quando eu foder esse Moro’. Vocês cortam a palavra ‘foder’ aí…”.