Mourão viaja aos Estados Unidos para evitar inelegibilidade

Viagem foi marcada devido a previsão de Bolsonaro ir a cúpula do Mercosul, o que não deve ocorrer. — BRUNO BATISTA/VPR

O vice-presidente Hamilton Mourão embarcou na manhã desta terça-feira para Nova York, nos Estados Unidos. A viagem foi marcada devido à previsão de que o presidente Jair Bolsonaro também sairia do país nos próximos dias — o que não deve mais ocorrer. Como Mourão será candidato, ele não pode mais assumir interinamente a Presidência.

A previsão é que Mourão tenha reuniões na quarta e na quinta-feira na Organização das Nações Unidas (ONU) e no Council of the Americas, além de encontros com empresários e investidores.

A viagem foi marcada devido à previsão de que Bolsonaro iria para a cúpula do Mercosul, que irá ocorrer entre quarta e quinta no Paraguai. Na semana passada, no entanto, o presidente declarou que não iria mais no encontro. No domingo, Bolsonaro chegou a dizer que estava reconsiderando a decisão, mas na segunda-feira declarou, à CNN Brasil, que de fato não irá à cúpula.

A lei eleitoral proíbe que quem será candidato nas eleições assuma a Presidência. Por isso, em junho, quando Bolsonaro foi para a Cúpula das Américas em Los Angeles, Mourão viajou para a Espanha.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que é o terceiro na linha sucessória, acompanhou Bolsonaro nos Estados Unidos pelo mesmo motivo. Assim, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que não vai disputar nenhum cargo neste ano, assumiu a Presidência.