Médico suspeito de causar a morte de 42 pacientes é solto em SP

João Couto Neto foi acusado de homicídio doloso qualificado pela morte de três pacientes pela Justiça do RS, em novembro.

O médico João Batista do Couto Neto, suspeito de erros que podem ter causado a morte de 42 pacientes, foi solto nesta terça-feira (19), após obter liminar da Justiça. Ele havia sido detido durante um atendimento no Hospital Municipal de Caçapava (SP), na quinta-feira (14), indiciado por homicídio doloso qualificado de três pacientes, pela Justiça do Rio Grande do Sul, em novembro.

A Justiça determinou a soltura mediante o cumprimento de algumas condições. O médico não pode deixar Novo Hamburgo sem prévia autorização e precisa comparecer sempre que intimado. Por enquanto, até que haja uma decisão judicial contrária, também fica proibido de exercer a medicina e não pode frequentar estabelecimentos médicos de qualquer natureza, exceto quando necessitar de atendimento como paciente.

Couto Neto mudou-se do Rio Grande do Sul para o interior de São Paulo e continuou exercendo a profissão. A polícia já tinha um mandado de prisão preventiva contra ele, expedido pela Vara do Júri da Comarca de Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul, no dia 12.

O delegado responsável pelo caso, Tarcísio Kaltbach, esclareceu, no dia da detenção do médico, que o indiciamento se deu por homicídio doloso qualificado por motivo torpe, meio cruel, recurso que dificultou a defesa da vítima, agravado por violação de dever inerente à profissão e praticado contra vítima maior de 60 anos de idade. O delegado disse que o médico Couto Neto, se condenado, pode receber pena de reclusão que varia de 12 a 30 anos.