Justiça Federal aceita denúncia contra caçadores feita pelo MPF do Acre

Foto: Divulgação/MPf-AC

A Justiça Federal aceitou denúncia contra um grupo de caçadores feita pelo Ministério Público Federal do Acre (MPF-AC) e tornou réus um médico, dois servidores públicos, um agricultor, eletricista e um dentista por matar animais s

ilvestres no interior do estado.

Segundo as investigações, entre os animais caçados ilegalmente estavam onças pintadas, capivaras, catetos e veados.

O grupo foi denunciado também pelo crime de associação criminosa armada, além do crime de guarda de material oriundo das caçadas (carne, peles, etc).

O membro mais antigo e mais ativo do grupo, o dentista Temístocles Barbosa Freire, caça animais silvestres ilegalmente pelo menos desde 1987, havendo informação de que somente ele pode ter matado mais de mil onças pintadas neste período.

O MPF-AC diz também que os investigadores tiveram acesso a um vasto material, como fotos, documentação, fartas, vídeos e aparelhos celulares, em que os suspeitos organizavam as caçadas.

Em apenas três meses de monitoramento, foram registrados 11 episódios de caçadas, e apenas neste período foram mortos pelo bando, cerca de oito onças pintadas, 13 capivaras, 10 catetos e dois veados mateiros.

Além de Temístocles, também viraram réus na ação penal Gilson Dória de Lucena Júnior (médico), Sinézio Adriano de Oliveira Júnior (servidor do Poder Judiciário), Gilvan Souza Nunes (agricultor), Gisleno José Oliveira de Araújo Sá (agente penitenciário), Manoel Alves de Oliveira (eletricista), Sebastião Júnior de Oliveira Costa.

Os réus podem receber penas de prisão e multa, que podem variar de acordo com a participação de cada um nos crimes cometidos.

Por DIÁRIO DO PODER