Juiz manda prender Viúva da Mega-Sena, condenada por matar milionário

Adriana foi sentenciada em dezembro de 2016 a 20 anos de prisão

Um novo pedido de mandado de prisão foi expedido contra Adriana Ferreira Almeida Nascimento, viúva de Renné Senna, lavrador que ganhou a Mega-Sena. O juiz Pedro Amorim Gotlib Pilderwasser, da 2ª Vara Criminal de Rio Bonito foi o responsável pela decisão.

Adriana foi condenada em dezembro de 2016 a 20 anos de prisão como mandante do assassinato do ex-marido.

Nesta terça-feira (10), de acordo com o juiz, “não há razão para que seja postergada a execução da pena, em especial no caso em análise que tem por objeto crime praticado há mais de uma década”. Para Pilderwasser, já foram esgotados os recursos possíveis à segunda instância:

“Na hipótese em análise, tendo em vista que o recurso de protesto por novo júri não foi recebido por este juízo, em decisão mantida pela. E. Oitava Câmara Criminal deste Tribunal de Justiça, verifica-se o esgotamento da jurisdição em segunda instância, havendo sido interposto recurso especial ao qual não foi atribuído efeito suspensivo”.

A viúva de Renné Senna foi uma das seis pessoas acusadas pela execução a tiros do ex-lavrador, em 7 de janeiro de 2007 em Rio Bonito, Região Metropolitana do Rio.

Segundo a denúncia do Ministério Público, a mulher teria mandado matar o marido após ele ter dito que ia excluí-la do testamento, pois sabia que estava sendo traído.

Em 2011, Adriana chegou a ser inocentada, mas a sentença foi anulada em 2014 pelo Tribunal de Justiça. Isso porque o motorista Otávio dos Santos Pereira, genro do milionário, denunciou quebra de incomunicabilidade de dois jurados. Conforme o Código de Processo Penal, nesses casos, é decretada a nulidade do julgamento, já que os jurados não podem ter contato entre si, com testemunhas ou com o mundo exterior, para evitar que sejam influenciados. Eles teriam ido a um posto de gasolina em frente ao hotel.

Já em dezembro de 2016, a viúva foi julgada novamente. Em depoimento prestado em juízo, ela afirmou que gostava do companheiro, mas admitiu que tinha um amante desde meses antes da morte de Renné. Disse ainda que não sabia que estava no testamento do milionário, com direito a metade de tudo que ele deixasse. O Tribunal do Júri de Rio Bonito condenou a viúva a 20 anos de prisão pelo crime.

Alguns dias depois, Adriana teve a prisão revogada e passou a cumprir a pena em prisão domiciliar. Ela também recorreu da decisão da sentença, pedindo a realização de um novo júri, sem sucesso.