Ipaam embarga porto do grupo Chibatão e orienta moradores não usar águas para consumo

© Marco Leal/Ipaam

O presidente do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) embargou nesta quarta-feira (29/08) as atividades de embarque e desembarque de cargas pesadas no porto da empresa J.F de Oliveira, pertencente ao Grupo Chibatão, localizado do lado do porto Ceasa, no bairro Mauazinho, zona Leste, por descumprir as normas de prevenção de acidentes com produtos perigosos.

De acordo com o chefe da Gerência de Fiscalização do órgão, Abner Brandão, o embargo acontece dois dias depois do naufrágio de um barco-empurrador pertencente à empresa de transporte, ocorrido no porto Chibatão. O incidente ocasionou o vazamento, para o rio Negro, de grande quantidade de óleo da embarcação utilizado para lubrificação de máquinas pesadas e motores marítimos.

Segundo Brandão, a medida contra a empresa J.F de Oliveira aconteceu depois de uma vistoria técnica realizada terça-feira (28/08) por técnicos do Ipaam, que constataram que as barreiras de contensão aquáticas não foram suficientes para evitar que o material se espalhasse por mais de 10 quilômetros, causando prejuízos à fauna, flora e espelhos d’água e margens dos igarapés do Mauazinho e Aleixo.

Sobrevoo – Nesta quarta-feira (29/08), o presidente do Ipaam e secretário de Estado do Meio Ambiente (Sema), Marcelo Dutra, realizou um sobrevoo no helicóptero da Polícia Militar em toda a extensão da área atingida pelo óleo e orientou aos moradores que moram naquela região não utilizem a água dos igarapés para banhou ou consumo nos próximos dias, até que o material seja recolhido pela empresa.

Dutra informou que, no sobrevoo, também observou a presença de duas manchas de óleo nas proximidades na estação de captação de água do Programa Águas para Manaus (Proama), que abastece a zona Leste da capital e parte da zona Norte. Ele disse que o Ipaam está contato com a direção da empresa Manaus Ambiental e recomendou o desligamento da estação a qualquer sinal de contaminação da água.