Indígenas peruanos afirmam terem sido atacados por alienígenas

Através do relato dos indígenas foi possível elaborar um esboço de como seriam os seres que apareceram na aldeia Ikuna

Na vastidão da noite amazônica, onde densas florestas escondem segredos ancestrais e mistérios insondáveis, um intrigante capítulo da história se desdobrou entre o fim da década de 1970 e início os anos 1980. No município de Colares, no coração do Pará, além de outras localidades da Amazônia brasileira, uma série de eventos misteriosos capturou a imaginação das pessoas e alimentou as chamas da especulação. Relatos perturbadores sobre encontros noturnos com ÓVNIS, criaturas e luzes aterrorizantes, conhecidas como “chupa-chupa”, causaram pânico nos moradores e tornaram-se parte do folclore local, deixando marcas profundas e indeléveis na memória da região.

Agora, um fenômeno que lembra os episódios ocorridos há mais de 40 anos está afetando um distrito remoto a nordeste de Lima, no Peru. Nas últimas semanas, o povo indígena Ikitu da comunidade nativa de San Antonio levantou sinais de alerta, compartilhando relatos inquietantes de encontros com o que descrevem como “seres estranhos”.

Essas supostas entidades, referidas pelos habitantes locais como “Los Pelacaras”, teriam atacado fisicamente e com luzes paralisantes moradores que residem na zona rural de Alto Nanay, gerando temores e provocando pedidos de ação por parte das autoridades peruanas.

A partir da noite de 11 de julho, os moradores da tribo Ikitu têm narrado experiências angustiantes envolvendo figuras encapuzadas com vestimentas escuras, intensificando as preocupações com sua segurança e bem-estar. Entre esses relatos, uma adolescente de 15 anos sofreu ferimentos durante um dos ataques aparentes, necessitando de seu traslado para uma unidade médica.

Jairo Reátegui Dávila, líder da comunidade indígena, falou à imprensa sobre o incidente, detalhando como a adolescente conseguiu escapar do encontro, mas machucou o pescoço durante a luta.

Fontes locais da mídia indicam que membros da comunidade iniciaram vigílias noturnas para proteger mulheres e crianças, enquanto também solicitaram formalmente a presença militar na área para enfrentar o que entendem ser uma ameaça.

MORADORES DESCREVEM “LOS PELACARAS”

De acordo com relatos fornecidos pelos moradores, as entidades “alienígenas” são descritas como seres altos com “cabeças grandes e olhos amarelados”, e os moradores aparentemente encontraram suas armas convencionais de caça ineficazes contra essas aparições misteriosas.

O próprio chefe tribal Dávila narrou um encontro direto com um desses seres chamados “Los Pelacaras”, descrevendo seu rosto quase invisível e sugerindo que a entidade estava flutuando a uma altura de aproximadamente um metro.

Juntamente com outros indígenas, o líder local acrescentou que os indivíduos que os atormentam aparentemente vestem preto, têm 2 metros de altura, são imunes às armas de fogo com que os moradres caçam animais e “desaparecem” quando são encurralados.

“Esses senhores são alienígenas. Eles parecem blindados como o goblin verde do Homem-Aranha. Eu atirei duas vezes e ela não cai, mas sobe e desaparece. Estamos assustados com o que está acontecendo na comunidade”, disse Dávila, em entrevista à mídia peruana.

Dávila, cujas declarações foram reproduzidas pelo tabloide britânico Daily Mail, detalhou ainda mais a aparência de ‘Los Pelacaras’, descrevendo o uso de calçados redondos para flutuar e enfatizando suas cabeças alongadas, rostos mascarados e habilidade distintiva de evasão.

“Sua cor é prata, seus sapatos são redondos e com isso eles sobem. Eles flutuam um metro de altura e têm uma luz vermelha no calcanhar. Sua cabeça é longa, sua máscara é longa e seus olhos são meio amarelados. Com isso eles te veem bem e vão embora. Eles são especialistas em fugir”, explicou.

PEDIDO DE INTERVENÇÃO MILITAR

Expressando sua necessidade urgente de ajuda, a comunidade solicitou intervenção militar imediata por parte do governo peruano. Relatos locais indicam que as autoridades de segurança aumentaram as patrulhas na região, incluindo a localidade onde a jovem teria sofrido seus ferimentos.

Até o momento, não foi divulgado se as autoridades encontraram evidências que corroborem os relatos dos moradores, ou se há planos de enviar forças militares por um período prolongado para garantir a proteção da tribo contra a suposta ameaça.

“Estamos em extrema necessidade de apoio para nossa comunidade. As crianças não conseguem dormir, e as mães permanecem acordadas durante toda a noite”, afirmou Dávila. “Esses seres parecem ser invulneráveis. Disparei duas vezes contra um deles, mas não teve efeito, ele se levantou e desapareceu.”

AUTORIDADES BUSCAM EXPLICAÇÕES “RACIONAIS”

Em resposta aos crescentes apelos de ajuda, agentes da Polícia Nacional Peruana (PNP) e da Marinha foram mobilizados para investigar os incidentes perturbadores na região. Entre os investigadores, as hipóteses para explicar o fenômeno vão desde atividades criminosas até estratégias de garimpeiros ilegais para assustar a população por meio de drones disfarçados.

Uma das linhas de investigação adotadas pelas autoridades sugere que integrantes de organizações criminosas, como narcotraficantes, traficantes de terras e de órgãos, ou mesmo traficantes de pessoas, possam estar por trás dos ataques. Na selva local, indivíduos conhecidos como “pelacaras” estão associados a tais atividades ilícitas.

Outra teoria em análise é a especulação de que os “seres estranhos” relatados podem ser, na verdade, drones cobertos com tecidos e máscaras, possivelmente utilizados por garimpeiros ilegais com o intuito de afugentar a população local.

Enquanto as investigações prosseguem, a comunidade encontra-se imersa em uma atmosfera de histeria coletiva, buscando respostas para os enigmas que têm atormentado a tranquilidade desta região remota.