As comunidades ribeirinhas do município de Manacapuru (a 84 quilômetros de Manaus) temem um surto de sarampo devido à falta de vacina contra a doença que assola o Estado. O assunto foi levado à tribuna da Assembleia Legislativa do Amazonas pela deputada estadual Alessandra Campêlo (MDB) ao anunciar um relatório da mais recente viagem feita ao município durante a sessão desta terça-feira, 7 de agosto.
“A população rural de Manacapuru, boa parte, não foi vacinada contra o sarampo. Então a gente fala aqui na cidade, mas na zona rural também está tendo esse problema. A prefeitura de lá não está cumprindo isso da forma correta e é necessário que o Governo imediatamente faça uma intervenção nessa situação”, advertiu Alessandra.
O alerta faz sentido, pois segundo o Ministério da Saúde o Amazonas lidera o ranking de casos confirmados de sarampo. Dos 1.053 casos confirmados da doença no País, 742 foram registrados no Estado. Em segundo lugar aparece Roraima, com 280 registros. Há ainda casos considerados isolados em São Paulo (1), no Rio de Janeiro (14), no Rio Grande do Sul (13), em Rondônia (1) e no Pará (2).
Luz para Todos
Durante todo o domingo, a deputada e a comitiva do seu mandato itinerante visitaram as localidades do Laguinho, Costa do Cabaleana e Ilha do Marrecão, ouvindo novamente os clamores da população das comunidades São Sebastião, Monte Sinai, Nossa Senhora Aparecida, Monte Carmelo e São Lázaro 1 e 2.
Na visita, Alessandra se deparou com outras reivindicações dos ribeirinhos da “Princesinha do Solimões”. As principais são a ampliação do Programa Luz para Todos, do Governo Federal, para localidades como a Costa do Cabaleana e a Ilha do Marrecão, e o pagamento do subsídio aos produtores de juta e malva – são três safras em atraso no valor de aproximadamente R$ 6 milhões.
A zona rural de Manacapuru também reivindica a implantação do programa de Educação de Jovens e Adultos (EJA) e também cursos técnicos (Médio Tecnológico). A distribuição de sementes foi outro assunto da pauta em Manacapuru.