Eleições no Brasil contarão com novo partido, o UP, que busca unidade total da esquerda

Registrado em 2019 com cerca de 3.000 filiados, sigla mais jovem do país vem para "representar os que não são vistos" e para buscar uma diretriz cem por cento de esquerda, sem alianças com grupos de direita, segundo presidente da legenda.

Esse ano, as eleições brasileiras vão contar com um novo partido: o UP (Unidade Popular pelo Socialismo). Registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 2019, a sigla é a mais nova do país a integrar o quadro de 33 partidos existentes no Brasil atualmente.

Seu presidente, o mineiro Leonardo Péricles, pretende concorrer ao maior cargo político do país pela legenda: o de presidente da República, segundo a Folha de São Paulo.

No entanto, essa não é a primeira eleição de Péricles, em 2020 ele foi candidato a vice-prefeito de Belo Horizonte pelo PSOL e, anos antes, tentou se eleger como vereador da cidade, na época pelo PDT.

O UP possui diretórios em 21 estados e surgiu a partir da articulação de diversos movimentos sociais, sendo seu financiamento elaborado com a contribuição de seus filiados.

De acordo com a mídia, em um primeiro momento, Péricles descarta que a legenda possa participar de alguma composição com outras siglas no próximo pleito, em âmbito nacional, principalmente em alguma aliança com a direita, fator que o impulsionou a tentar a candidatura.

“A nossa defesa era que houvesse uma ampla unidade do conjunto dos partidos e organizações do campo da esquerda. Só que sem a direita. Nossa divergência central é esse caminho de buscar alianças com setores da direita”, explicou.

O futuro candidato ainda diz que o nascimento do UP é uma espécie de crítica à forma como estão organizados os partidos no país, com pouco espaço para mulheres, pessoas negras e com debates distantes das pessoas de periferia.

Entre as medidas defendidas pelo Unidade Popular, estão a defesa da revogação da reforma trabalhista realizada durante o governo Temer. O partido também critica a forma como foi feita a reforma da Previdência.

Para conseguir a criação de um partido político, a legislação brasileira exige, atualmente, a coleta de 491.967 assinaturas de apoiadores distribuídos em pelo menos nove unidades da Federação.

O Aliança Brasil, partido promovido pelo atual presidente, Jair Bolsonaro (PL), não conseguiu emplacar esse número, contanto, até o momento, com 140 mil assinaturas de apoio.

FONTE: Sputnik Brasil