A Eneva S.A., fornecedora de energia elétrica para Roraima, alertou o governo federal sobre o risco de apagão no estado devido à possível interdição da região de Silves, no Amazonas, onde a empresa opera. A interdição, solicitada pelo Ministério Público Federal, visa proteger indígenas isolados.
A Eneva depende do gás natural liquefeito para gerar energia, e Roraima, por não fazer parte do Sistema Interligado Nacional, depende de 21 termelétricas locais para suprir sua necessidade energética. A usina Jaguatirica II, operada pela Eneva, responde por 80% da energia consumida no estado.
O Ministério de Minas e Energia informou que prepara uma avaliação técnica sobre a importância do ativo de Azulão para o abastecimento energético de Roraima. A Procuradoria Geral do Estado de Roraima também acompanha o caso, preparada para adotar medidas legais necessárias.
Caso a interdição ocorra, Roraima pode enfrentar um apagão com graves consequências para a economia e qualidade de vida da população. A Eneva já enviou ofícios alertando dos riscos à Funai, ao Ministério de Minas e Energia, à Casa Civil e ao governador de Roraima.