Desabastecimento causado por queda de ponte e seca dos rios é debatido na Aleam

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O risco de desabastecimento de alimentos, produzidos no interior do Estado, foi tema dos discursos dos deputados, durante a Sessão Plenária, desta quinta-feira (13), na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam).

O temor dos parlamentares é com a elevação dos preços de frutas e verduras, produzidas no interior e, em um cenário mais grave, o desabastecimento da capital, por conta da interrupção do tráfego causado pelo desabamento de pontes, localizadas em estradas de cidades do interior, que aconteceram nos últimos dias no Estado.

Durante seu discurso, o deputado Serafim Corrêa (PSB) cobrou mais uma vez do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), o restabelecimento do tráfego afetado pelas duas pontes que caíram no interior do Amazonas.

“As providências para desatar o nó da queda das pontes, providências de engenharia e construção civil não foram tomadas pelo DNIT, que alega que nada mais pode fazer e que a responsabilidade é do DNIT Rondônia que, por sua vez, alega que está proibido de falar pelo DNIT nacional, o qual alega que está tomando as providências, mas não diz quais. Se isso tivesse acontecido numa estrada Rio /São Paulo, São Paulo/Paraná, Rio Grande do Sul/Santa Catarina e Minas Gerais/São Paulo, por exemplo, o mundo já teria vindo abaixo e todas as providências já teriam sido tomadas. Mas como está atingindo os nossos irmãos amazonenses, nada é feito”, lamentou o parlamentar.

Corrêa fez ainda um alerta para os efeitos do acidente para Manaus. Ele explica que Manaus sentirá o reflexo disso em breve, pois os preços dos alimentos aumentarão porque como a estrada não está dando passagem. “Os alimentos perecíveis estão sendo deslocados para Autazes, que fica a 113 km de Manaus, e lá tem dificuldades de embarque.

Com isso vai demorar, produtos estragarão, por isso reclamo da inércia do DNIT”, alertou.
Em seu pronunciamento, a deputada Mayara Pinheiro (Republicanos) alertou para o risco de escassez de alimentos, mas por conta da seca dos rios. A parlamentar afirmou que a situação é uma grande preocupação dos deputados, em especial os municipalistas como ela, pois muitas das comunidades do interior amargam problemas de escoamento de alimentos, produtos hospitalares e de educação.

“Por isso quero pedir celeridade aos colegas deputados para que aprovem os decretos de estado de calamidade dos municípios afetados porque eles precisam para ter a flexibilidade de atuar nas comunidades”, solicitou.

Mayara citou que a cidade de Benjamin Constant (distante a 1.121 km de Manaus) já sofre com o desabastecimento, assim como Coari (distante a 363 km de Manaus). “A seca tem sido muito severa este ano e tem trazido muitos transtornos aos municípios”, completou.

Visita de estudantes

Após a Sessão Ordinária, alunos do 9º ano do ensino fundamental da Escola Estadual de Tempo Integral Professor Djalma Cunha Batista, localizada no bairro Japiim, zona Sul de Manaus, visitaram o plenário da Casa Legislativa.

A vista faz parte do programa Conhecendo o Legislativo, realizado pela Escola do Legislativo Senador José Lindoso.

Assessoria