É mais provável que o plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) avalize a liminar do ministro Luis Roberto Barroso que suspendeu a validade da lei do piso salarial de R$4.750 para enfermeiros. Salvo raras exceções, ministros agem assim em casos polêmicos para “proteger” o colega de críticas, ainda que dele divirjam, certos de que o “protegido” irá retribuir o gesto, numa espécie de “troca de favores” corporativista. No STF e outros tribunais, chamam isso de “não deixar o colega na chuva”.
Bolsonaro acha que a decisão de Barroso foi uma tentativa de prejudicá-lo eleitoralmente, ainda que não tenha sido dele a proposta do piso.
Ao suspender o piso na véspera do primeiro pagamento, Barroso gerou onda de indignação em todo o País, com direito a protesto diante do STF.
O ministro fez argumentações de política pública, alheias ao STF, ao acolher alegações de hospitais privados que pagam mal aos enfermeiros.
Por Coluna Cláudio Humberto