
BRASÍLIA, DF — Em sessão histórica neste sábado (1º/02), Davi Alcolumbre (União-AP) foi eleito presidente do Senado para o biênio 2025-2027 com 73 votos, quase 90% do plenário. A votação, conduzida por Rodrigo Pacheco (PSD-MG), marcou a recondução do amapaense ao cargo que já ocupou entre 2019 e 2021, quando obteve apenas 42 votos. Líder do MDB, Eduardo Braga (AM) celebrou a união partidária: “Que Deus lhe dê sabedoria para reequilibrar os Poderes e entregar o que o povo espera”, destacou, elogiando também a gestão de Pacheco.
Alcolumbre, de 47 anos, defensor do modelo da Zona Franca de Manaus (ZFM), prometeu ser um “catalisador de consensos”. Em discurso, minimizou protagonismo: “Continuo sendo um senador como todos. Quero melhorar a vida da população”. Sua trajetória inclui passagens pela CCJ e pela defesa da Reforma Tributária, aliando-se à bancada amazônica. Durante a pandemia, visitou o Polo Industrial de Manaus, reforçando o apoio ao modelo que, segundo ele, “equilibra desenvolvimento e redução de desigualdades no Norte”.
A eleição, por voto secreto em cédulas, teve outros quatro candidatos: Astronauta Marcos Pontes (PL-SP), Eduardo Girão (Novo-CE), Marcos do Val e Soraya Thronicke (ambos do Podemos). Comercial em Macapá, Alcolumbre iniciou a carreira como vereador em 1999 e chegou ao Senado em 2015, tornando-se o mais jovem a presidir a Casa. Agora, seu desafio é manter a união em um cenário de expectativas sobre políticas regionais e fiscais.