Nesta quinta-feira (9), o nível do Rio Negro chegou a marca de 28,30 metros. No mesmo período, em 2019, o nível do rio alcançou 29,16 metros. A diferença de 86 centímetros demonstra que a cheia permanece dentro das previsões.
Em abril, o Serviço Geológico do Brasil (CPRM) divulgou o segundo boletim de alerta de cheias para Manaus e os demais municípios no ano de 2020. A estimativa é de que a cheia em 2020 atinja o nível de 27,95m a 28,65m.
A conclusão feita pelo boletim é de que a cheia não seja acima do esperado. No mesmo período de 2018, o nível do Rio Negro foi de 28,26, ou seja, quatro centímetros abaixo do que está sendo registrado dois anos depois.
O rio sobe ou desce conforme o comportamento das chuvas na Amazônia. O boletim apontou que em março e abril, as chuvas foram equilibradas e o crescimento do rio estava dentro da normalidade, considerando os demais anos de monitoramento.
Em maio, junho e julho, as chuvas seguem na mesma proporção, consequentemente influenciando no baixo registro da subida do rio.
A maior enchente foi em 2012, ano em que o nível do rio alcançou 29,97 metros. A cota mínima da vazante foi registrada em 2010 com 13,63 metros.
Zona rural
Como parte do planejamento das ações da operação “Cheia 2020”, a Prefeitura de Manaus realiza vistorias nas comunidades rurais da capital. Ao todo, 12 comunidades rurais que sofrem anualmente com a subida do Rio Negro são monitoradas pela Defesa Civil.
São elas: União e Progresso, Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, Nova Cesaréia, São Francisco, Assentamento Nazaré, Bom Sucesso, Santa Rosa, Canaã, São Pedro, São Raimundo e Nossa Senhora do Carmo.
Cerca de 80 metros de pontes provisórias já foram construídos em áreas atingidas pela cheia. As pontes foram montadas nos bairros São Jorge (beco Bragança) e Mauazinho (beco do Pescador).
O secretário-executivo do órgão, Cláudio Belém, ressaltou que a Defesa Civil de Manaus continua com os atendimentos emergenciais, monitoramentos das áreas passíveis de alagação e de risco e a Central de Emergência 199, durante 24 horas.
FONTE: EM TEMPO