Cotado para ser ministro de Lula, Lewandowski pode repetir Moro

Lula aposta na 'sensibilidade' e na 'expertise' do ex-membro do Supremo para enfrentar problemas que o PT não tem conseguido resolver. FOTO: ROQUE DE SÃO/AGÊNCIA SENADO

Caso se confirme a escolha do ministro do STF Ricardo Lewandowski para o Ministério da Defesa do governo Lula, como circula nos bastidores de Brasília, ele ficará sujeito à mesma crítica de lulistas a Sérgio Moro, na lorota de que suas sentenças, como juiz na Lava Jato, seriam parte do “plano” para eleger Jair Bolsonaro anos depois. Lewandowski pode ser acusado por bolsonaristas de suposta ligação ao PT e de decisões que favoreceram o petista. Em 2021, por exemplo, a pedido da defesa de Lula, proibiu a Lava Jato de investigar a ligação Odebrecht-Instituto Lula.

Em seguida, aceitou ação do PT contra Bolsonaro por ameaçar divulgar aqueles que, na Anvisa, liberaram vacinas para crianças de 5 anos.

Também aceitou notícia-crime de deputado do PSB contra Bolsonaro por “peculato e prevaricação” em razão de seus discursos de 7 de Setembro.

A 15 dias do 2º turno, no TSE, alegou “desordem informacional” para apoiar censura a um documentário inédito sobre a facada em Bolsonaro.

Lewandowski completa a idade-limite de 75 anos em maio de 2023 e a ideia seria antecipar a aposentadoria para assumir o cargo em janeiro.

Por COLUNA CLÁUDIO HUMBERTO