ÍNDIA — Um relatório preliminar do Escritório de Investigação de Acidentes Aéreos da Índia apontou que a queda do Boeing 787 Dreamliner da Air India, em 12 de junho, que matou 260 pessoas, foi causada pelo acionamento dos botões de corte de combustível no cockpit durante a decolagem. O incidente ocorreu no Aeroporto Internacional de Ahmedabad, Gujarat, quando os motores pararam, levando à perda de propulsão e à queda da aeronave logo após deixar a pista.
Gravações da cabine revelaram uma discussão entre os pilotos, com um questionando: “Por que você desligou?” e o outro negando: “Não fui eu.” Os dados das caixas-pretas indicam que os interruptores passaram de “RUN” para “CUTOFF” com um segundo de intervalo. Apesar da tentativa de religar os motores, a aeronave já estava em queda livre, colidindo com o alojamento do hospital universitário BJ Medical College. Um chamado de emergência “Mayday” foi emitido segundos antes do impacto, sem resposta ao controle aéreo.
A investigação descartou falhas no combustível, colisão com aves, excesso de peso ou configuração inadequada dos flaps e trem de pouso. Os botões de corte, protegidos por travas, não tiveram a causa do acionamento esclarecida — se manual, acidental ou por falha técnica. O voo AI171 levava 242 ocupantes, incluindo 169 indianos, 53 britânicos, sete portugueses e um canadense. Familiares cobram justiça, enquanto a Air India lamenta a tragédia e colabora com as autoridades.
