Congresso decide hoje se brasileiro deve ou não pagar pela bagagem em voos

© Geraldo Magela/Agência Senado

O Congresso Nacional se reúne em sessão conjunta nesta terça-feira para votar o veto do presidente Jair Bolsonaro à franquia de bagagens, dentre outros projetos. A expectativa é que os parlamentares não derrubem o veto, depois de intensa mobilização das autoridades do setor da aviação civil, diante da promessa de que a medida vai ajudar a reduzir o preço das passagens.

Na semana passada, os partidos do Centrão fecharam acordo  com o presidente da Câmara Rodrigo Maia, para manter o veto. A ideia é dar um prazo, até o fim do ano, para avaliar os efeitos da medida nos preços das passagens. Caso não haja queda, Maia teria se comprometido a pôr em votação um projeto para trazer de volta a franquia de bagagem, ou seja, o despacho gratuito.

Técnicos da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) foram escalados para acompanhar a sessão e tentar evitar uma derrota. O argumento é que o fim da franquia de importante para aumentar a concorrência no setor, principalmente com a entrada de empresas de baixo custo (low cost),  no mercado doméstico.

Cinco delas já deram entrada na Anac para começar a voar no país. Duas já iniciaram as operações: a norueguesa Norwegian Air , que tem voos do Rio para Londres, e a chilena Sky Airlines , que voa de Santiago para quatro capitais (Florianópolis, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo).

A gratuidade para bagagem –  de até 23 quilos nos aviões a partir de 31 assentos  – foi incluída pelo Senado na Medida pprovisória (MP) 863, que liberou capital estrangeiro em companhias aéreas.  Mas aconselhado pelas equipes técnicas, o presidente Jair Bolsonaro vetou a medida.

Dessa forma, foi mantida a norma da Anac,  aprovada em 2016 e que permite às empresas cobrar pelo despacho das malas. Os passageiros têm direito de levar de graça apenas para bagagens de mão até 10 quilos.

Por O GLOBO