Comissão processante e relator indicam cassação do prefeito de Borba

Ano passado, o prefeito de Borba foi preso preventivamente na Operação Garrote, do MPAM, por suspeita de desvio de R$ 29,2 milhões da prefeitura em licitações.

A sessão da câmara de vereadores para julgar pedido de cassação do mandato do prefeito de Borba afastado, Simão Peixoto (Republicanos), às 18h55 deste dia 16, anunciou os votos do relator do processo e da comissão processante. A manifestação foi unânime pela perda do cargo.

O relator, vereador Pedro Vieira, leu seu parecer em que aponta todos os malfeitos de Peixoto no município. Nele estão citados o desafio do prefeito para uma luta livre com cidadão que lhe criticou, a ameaça de surrar a vereadora que hoje comanda a comissão de cassação, a agressão ao presidente da Assembleia Legislativa (ALE-AM), a prisão pelo Gaeco/Ministério Público por comandar quadrilha de assalto aos cofres do município, além de outros casos.

Após o voto do relator, o presidente da câmara, Antônio José Lopes Anselmo, mandou que fosse lido o resultado da comissão processante. Comandado pela vereadora Enfermeira Tatiana Franco, tendo Vieira como relator e Edilson Batista como o terceiro membro, o trabalho de investigação da comissão indicou unanimemente pela cassação do prefeito.

Neste dia 16, Peixoto tentou uma última cartada, apelando novamente ao TJ-AM (Tribunal de Justiça) para tirar a vereadora, a quem considera inimiga, do comando da comissão. Sem sucesso. A Justiça reafirmou que há competência total do poder Legislativo municipal para julgar o denunciado.