COARI — Na manhã desta quarta-feira (2), a cidade de Coari (distante 363 quilômetros de Manaus) foi palco de uma cena inusitada e preocupante: Raione Cabral, candidato à prefeitura pelo partido Mobiliza, foi detido após realizar uma “chuva de dinheiro” em uma praça pública. A ação provocou um verdadeiro alvoroço entre os moradores, que correram para pegar as notas lançadas pelo candidato em frente à estátua de Cristo.
Imagens capturadas por populares e divulgadas nas redes sociais mostram a confusão: carros e motos deixados para trás enquanto pessoas se aglomeravam na busca pelo dinheiro. A situação não passou despercebida pela Polícia Militar, que estava presente e prontamente deteve Cabral, caracterizando a ação como uma infração eleitoral grave, conforme os artigos 299 e 350 do Código Eleitoral, que proíbem a troca de dinheiro por votos.
Com 34 anos e formado em Direito, Raione Cabral é conhecido por sua oposição ferrenha ao ex-prefeito Adail Pinheiro, seu adversário nas eleições. O episódio levanta questões sérias sobre a ética nas campanhas eleitorais em Coari, um município com 73.820 habitantes e com distâncias consideráveis para a capital, Manaus.
A detenção de Cabral não só chocou a população, mas também destaca um problema recorrente nas eleições brasileiras: a prática de compra de votos. Com a integridade do processo eleitoral em jogo, a atenção agora se volta para o desenrolar deste caso e suas possíveis consequências nas eleições municipais. A comunidade de Coari observa, preocupada, como a situação poderá afetar seus futuros representantes.
