Boquinha de R$1 bilhão para juízes é suspensa pelo CNJ

Benefício foi suspenso há 16 anos, mas retomado em novembro pelo Conselho da Justiça Federal

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) decidiu suspender temporariamente o pagamento adicional a juízes federais por “tempo de serviço”. A decisão, assinada pelo corregedor nacional de Justiça, ministro Luis Felipe Salomão, foi motivada por um questionamento feito pelo deputado federal Kim Kataguiri (União-SP). O pagamento do benefício custaria cerca de R$1 bilhão aos cofres públicos.

O benefício foi extinto há 16 anos, mas restabelecido pelo Conselho da Justiça Federal (CJF) em novembro de 2022. O parlamentar questionou a legalidade do quinquênio.

No despacho, o ministro explica que suspendeu o pagamento diante da repercussão do caso e dos impactos financeiros provocados pela retomada do benefício.

“A corregedoria nacional não é instância revisora das decisões administrativas dos tribunais e das corregedorias de Justiça, mas atua nas hipóteses de ilegalidade flagrante, sempre tendo presente a autonomia administrativa e financeira dos órgãos do Poder Judiciário”, afirmou o corregedor.

Pela decisão, o CJF terá que enviar informações ao CNJ sobre os impactos financeiros e orçamentários do benefício.