
AMAZONAS — O deputado federal Átila Lins (PSD‑AM) fez um forte apelo contra o que classificou como “excessos” nas recentes ações do Ibama no sul do estado. A iniciativa, segundo ele, tem sido marcada por abordagem truculenta que assusta os produtores e prejudica a economia regional.
Controvérsia nas notificações
Desde março, o Ibama vem notificando pecuaristas de municípios como Boca do Acre, Lábrea, Apuí, Humaitá e o distrito de Santo Antônio do Matupi, exigindo a retirada de até 2,5 mil cabeças de gado em apenas cinco dias, em áreas consideradas irregulares.
Apelo por equilíbrio e diálogo
Em discurso no Congresso, Lins afirmou que a pressa do Ibama tem causado “grande tensão social e impacto negativo na economia” local. Ele pediu ao presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, e à ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, prazos mais razoáveis e abertura ao diálogo com produtores, prefeitos e entidades representativas.
Busca por soluções conjuntas
O deputado destacou que o governador Wilson Lima também já havia solicitado a suspensão de medidas punitivas na mesma região, até que ajustes administrativos e fundiários pudessem ser feitos :contentReference[oaicite:3]{index=3}.
Segundo ele, o presidente do Ibama afirmou, em reunião, que os pecuaristas terão “o prazo necessário” para regularizar a situação, reforçando a importância de uma ação equilibrada e planejada.
Propostas encaminhadas
- Ampliação dos prazos para retirada de rebanho;
- Medição entre Ibama, prefeitos e produtores locais;
- Intensificação de iniciativas de regularização fundiária com apoio do Fundo Amazônia;
- Adoção de programas conjuntos para licenciamento ambiental e recuperação de áreas.