Asprom aprova em assembleia greve de professores para segunda-feira (15)

Reivindicação é de 15% de reajuste salarial. | Foto: Jander Robson

Já anunciada para segunda-feira, após assembleia realizada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas (Sinteam)no último dia 9, a greve dos trabalhadores da Educação ganhou mais uma adesão nesta sexta-feira. O Sindicato dos Professores e Pedagogos de Manaus (Asprom Sindical) deliberou pela paralisação das atividades, durante assembleia realizada em frente ao Centro de Educação de Jovens e Adultos (CEJA) na Jacira Caboclo, próximo ao Terminal 1, na avenida Constantino Nery, na Zona Centro-Sul de Manaus.

Após a assembléia de hoje, a categoria foi em carreata para a sede do governo do Estado, para que a pauta com as reivindicações fosse protocolado pelo poder estadual. Os professores reivindicam um aumento salarial de 15%, sendo 5% de perdas inflacionárias e 10% de ganho real.

O diretor financeiro do Sindicato dos Professores e Pedagogos de Manaus (Asprom Sindical), Lambert Melo, afirmou que na última reunião da categoria foi decidido pelo indicativo. Hoje, cerca de 100 professores votaram, de forma unânime, pela realização da greve.

“Tivemos um debate e a votação foi para que a greve fosse deflagrada. Agora vamos nos encaminhar para a Sede do governo para protocolar o documento de greve. Vamos proporcionar a oportunidade para que o Governo se manifeste em 72 horas, que é o prazo para deflagração da greve, para que se manifeste sobre o reajuste. Espero que o governador se sensibilize e nos ofereça uma contraproposta. Caso isso não aconteça, vamos deflagrar greve na segunda”, afirmou o sindicalista.

Ainda segundo um dos diretores do Asprom Sindical, este é o momento certo para deflagração da greve. “Estamos com um impasse em relação ao reajuste. O Governo nos ofereceu 3,9%, mas a proposta não foi aceita pela categoria. Depois disso, a própria Seduc não se manifestou sobre o reajuste. Não podemos esperar mais, é necessário que haja um diálogo, ou que o próprio Governo encaminhe a proposta dele para a Assembleia, assim discutiremos o reajuste com os deputados”, afirmou.

Lambert também destacou que a categoria se encaminhará até as escolas da rede estadual para convocar os outros professores para aderir o movimento. “Vários companheiros do interior só estavam esperando a decisão dessa assembleia”, completou. Os professores vão aderir em 70%, conforme determinação judicial, a greve. Cerca de 350 escolas do Estado devem ser prejudicadas.

Posicionamento

A Secretaria de Estado de Educação do Amazonas (Seduc-AM) afirmou, por meio de nota, que o governo tem se mantido aberto ao diálogo com os representantes das categorias para apresentar as propostas e possibilidades do Estado em relação às reivindicações dos trabalhadores da educação.

Segundo a pasta, desde que iniciou o diálogo com as categorias, as pautas apresentadas têm sido analisadas e poderão ser atendidas em curto, médio e longo prazo, conforme acertado em sucessivas reuniões com os representantes sindicais. Além disso, o governo já garantiu a reposição salarial de 3,93% e apresentou a proposta de pagamento das progressões horizontais por tempo de serviço, garantindo mais 2% de reajuste para 22 mil profissionais da educação.

A secretaria afirma que houve ainda a proposta de pagamento das progressões verticais por qualificação que podem representar ganhos de 12%, 50% e 55%. As duas propostas foram apresentadas como uma alternativa para garantir ganhos reais aos servidores da educação nesse momento em que a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) impede a oferta de percentuais maiores na data-base.

Por ACRÍTICA