Arsam concede paralisação temporária de linha entre Manaus e Lábrea

Foto: Divulgação/Arsam

Seguindo as normas estabelecidas na Lei nº 3.006 de 29 de novembro de 2005, a Agência Reguladora dos Serviços Públicos Concedidos do Estado do Amazonas (Arsam), concedeu a paralisação temporária do serviço prestado pela empresa de transporte rodoviário intermunicipal Aruanã, que atende o percurso Manaus-Lábrea e Lábrea-Manaus, devido às más condições da BR-319.

A Aruanã Transportes tem as viagens programadas para terça, quinta e sábado, saindo de Manaus às 15h e de Lábrea às 12h. No sábado (17/03), a empresa realizou a última viagem com destino à capital, que durou 47 horas, o equivalente a quase dois dias de viagem, devido às dificuldades encontradas nos trechos dos quilômetros 360 a 420, 470 a 520 e do 560 até próximo da comunidade Realidade. Segundo um dos sócios da empresa, Flavio Willer Cândido, a paralisação é por tempo indeterminado, até que a rodovia não ofereça riscos aos usuários, funcionários e a danos patrimoniais à empresa.

BR- 319

A rodovia foi inaugurada em 1976, durante o regime militar brasileiro, e submetida a um estudo de impacto ambiental pela Universidade Federal do Amazonas (Ufam). Devido às inconsistências no estudo, o licenciamento foi embargado pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama), alegando que o projeto é economicamente inviável e acarretará em perdas ambientais, associadas ao desmatamento, afetando assim a fauna e flora da região.

A estrada que interliga o Amazonas a Rondônia, abrange dez municípios: Careiro da Vázea, Autazes, Manaquiri, Careiro Castanho, Borba, Beruri, Manicoré, Tapauá, Humaitá, Canutama até chegar em Porto Velho/RO, capital do estado. A BR-319 é de responsabilidade do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte, ou seja, de poder federal.

Consentimento da Arsam

Segundo o chefe de Transporte Intermunicipal de Passageiros da Arsam, Oziel Mineiro, a paralisação dos serviços da empresa para Lábrea foi acatada devido à falta de estrutura no trajeto. “Nós outorgamos a paralisação devido ao estado que se encontra a BR. Em determinados trechos, é quase impossível passar e não ter danos físicos e materiais. Já tivemos casos de ônibus que quebram no percurso e ficam atolados, mas que, posteriormente, conseguiram contornar a situação. Por isso, a decisão da Aruanã é coerente. A Arsam como agência reguladora representando o Governo do Estado prima em oferecer serviços de qualidade e seguro aos amazonenses”, ressaltou Oziel Mineiro.