O conselheiro Ari Moutinho, do Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM), foi reintegrado ao cargo. Havia contra ele um pedido de afastamento, emitido ontem (26/10), pelo corregedor-substituto, Júlio Pinheiro. Agora, Júlio tem 24 horas para tornar o próprio ato nulo, sob pena de multa diária de R$ 5 mil.
Ari é acusado pela conselheira Yara Lins de agressão verbal. Ela é a presidente eleita do colegiado, para o biênio 2024-2025, substituindo Érico Desterro, atual presidente.
O próprio Ari é o corregedor do TCE-AM titular, mas, numa queda, rompeu cinco ligamentos da perna direita e está de licença médica. Ontem fez uma cirurgia que durou cinco horas. Foi por conta dessa licença que Júlio Pinheiro, corregedor substituto, assumiu o cargo.
Júlio havia concedido, como Ari alega em sua defesa, cinco dias para resposta às acusações. Depois, de imediato, emitiu o ato monocrático (individual) pedindo que o pleno julgasse o afastamento.
O pleno do TCE-AM chegou a reunir, em reunião sigilosa, mas não houve quórum, maioria (quatro conselheiros), para a votação. Compareceram Érico Desterro, Júlio Pinheiro, Josué Neto e Luiz Fabian. Como Fabian prestou depoimento a favor de Yara, na delegacia de Polícia, se tornou suspeito e não pode votar. Yara Lins, Ari Moutinho e Mário de Mello não estavam presentes.