BRASÍLIA, DF — Na audiência do Senado que discutiu a cobrança de bagagens pelas companhias aéreas, chamou a atenção o uso de frases idênticas tanto pelo presidente da Anac, agência que deveria regular o setor aéreo e proteger o consumidor, e o presidente da Abear, associação das cias, aéreas, cuja única função é representar os interesses das empresas. Tanto para Juliano Noman (Anac), quanto para Eduardo Sanovicz (Abear), obrigar o despacho gratuito de bagagens é o “remédio errado”.
O secretário de Aviação Civil, Ronei Glanzmann, acha que as passagens estão “muito caras”, mas o culpado mesmo é o preço dos combustíveis.
A lorota contada em 2016 era que o fim da franquia baixaria o custo da passagem – o que não ocorreu- e atrairia as low-cost, que nunca vieram.
Nos EUA, onde existem empresas realmente low-cost como a Frontier, uma passagem de ida e volta entre Orlando e Boston sai por US$ 87.
O problema é óbvio
Na audiência sobre a cobrança por bagagens pelas cias aéreas, Walter Faiad, do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), foi claro: “O sujeito continua viajando com mochila nas costas pagando 3 vezes mais caro.”